Manifestação contra Bolsonaro ocupa ruas de Macapá

As proximidades do aeroporto de Macapá, a Praça da Bandeira e as ruas do centro da capital, foram palco de atos contra o presidente.
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

Manifestantes do movimento #SOSAMAPÁ estão desde as primeiras horas da tarde deste sábado (21) protestando por conta do apagão que assola o Amapá há 19 dias.

Com a vinda do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao Amapá, as proximidades do aeroporto de Macapá, a Praça da Bandeira e as ruas do centro da capital, foram palco de manifestações.

Manifestantes do movimento #SOSAMAPÁ. Fotos: Marco Antônio P. Costa/SN

Manifestantes tomaram Avenida FAB

No aeroporto, o mais próximo que os manifestantes conseguiram chegar foi na Rua Hildemar Maia, esquina com avenida Raimundo Álvares da Costa. Houve discussão com apoiadores do presidente e também com policiais militares, que tentaram revistar os manifestantes sob a alegação de que estariam com pedras.

Centenas de pessoas…

… especialmente jovens estudantes…

…. se juntaram em protesto

A comitiva presidencial acabou tomando outro caminho e os manifestantes concentraram-se na Praça da Bandeira, no centro de Macapá, onde já tinham marcado a maior manifestação do dia.

Centenas de pessoas, especialmente jovens estudantes, mas também trabalhadores de várias categorias e, ainda, sindicalistas, pegaram a avenida FAB e desceram a rua Cândido Mendes, passando pela Praça do Coco e terminando o manifesto na praça Floriano Peixoto.

… trabalhadores de várias categorias e, ainda, sindicalistas também participaram

Tusie Sandra, de 23 anos, é nutricionista e estava bem em frente à manifestação com uma bandeira do Amapá. Ela considera o Amapá praticamente esquecido pelo Brasil durante quase 20 dias, e que, por isto, é importante realçar a identidade amapaense.

Tusie Sandra: “Temos que colocar nossa bandeira aqui com orgulho e falar que o Amapá é nosso e que a gente tem que lutar por ele”

“Temos que colocar nossa bandeira aqui com orgulho e falar que o Amapá é nosso e que a gente tem que lutar por ele. Eu acho que o governo federal poderia ter feito muito mais pelo Amapá. Eu imagino que qualquer outro governo teria movido céus e terras por qualquer outro estado. Não é normal ficarmos 20 dias sem energia. Na minha, ficou sem água, na dos meus amigos, ainda está em racionamento. Eu acho importante lutar por quem precisa”, declarou Tusie.

Defensoria pública

Também chamou atenção no ato um grupo de defensoras públicas do Estado que acompanhava a manifestação.

Defensora dialoga com policial para ato continuar pacífico

Em dado momento, quando a Polícia Militar tentou impedir a utilização de carro som e colocar os manifestantes em apenas uma faixa da rua, as defensoras aturaram exigindo explicações e, por fim, contendo a ação policial.

A manifestação seguiu sem registros de violência.

Seles Nafes
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