Por RODRIGO ÍNDIO
Um homem de 34 anos foi morto com uma facada no pescoço, desferida por uma mulher de 35 anos, que havia recebido ameaças e tentava se defender das agressões, no município de Oiapoque, no extremo norte do Amapá.
O caso ocorreu na noite deste domingo (20). Por volta de 20h30, agentes da Polícia Civil davam apoio para uma outra mulher vítima de violência doméstica. Mas, a caminho do hospital da cidade se deparam com o corpo Ronaldo Brito Nascimento, ensanguentado em via pública.
Ao refazer o trajeto seguindo os rastros de sangue, os policiais chegaram até a quitinete de Adriana dos Santos Pantoja, a Adrianinha, conhecida na cidade pela prática de crimes. Inclusive, ela teria assassinado o próprio marido no passado.
De acordo com o delegado Átila Rodrigues, da Polícia Civil de Oiapoque, um vizinho relatou que ela desferiu uma facada no pescoço do pescador.
“Segundo a testemunha que estava no local e que a tudo presenciou, o Ronaldo travou uma luta corporal com a autora dos fatos e teria tentado esganá-la, foi o instante que essa testemunha se aproximou e conseguiu desvencilhar o Ronaldo da infratora”, detalhou o delegado.
Entretanto, quando Ronaldo já estava contido, a mulher pegou uma faca que guardava na bolsa e desferiu o golpe no pescoço da vítima. Como estava jorrando muito sangue, o homem saiu ocorrendo em direção ao hospital, mas caiu no meio do caminho.
Segundo a Polícia Civil, a equipe empreendeu diligências pelo município e conseguiu localizar a suspeita no local conhecido como Feira do Bambuzal, área bastante frequentada por usuários de drogas.
“Essa mulher relata que é usuária de drogas, mas ela estava aparentemente lúcida na hora dos fatos. Ela confessou e relatou que o Ronaldo já teria ameaçado ela de morte no dia anterior e que ao chegar em casa, ele estava esperando ela na frente da quitinete onde ela mora e ele teria desferido um tapa no rosto dela e por isso desferiu a facada mortal”, contou Átila Rodrigues.
A Politec fez remoção do cadáver. A mulher está presa no Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) de Oiapoque, à disposição da Justiça. Segundo a Polícia, Adrianinha já tinha três passagens pelo Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).