Brasil de amor eterno, seja símbolo de novo

O empresário e articulista Artemis Zamis analisa o comportamento apático de autoridades do Brasil
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Por ARTEMIS ZAMIS, empresário e articulista

“A pandemia realmente tá chegando ao fim. Os números tem mostrado isso daí”

“Tem uma pequena ascensão agora, o que chama de pequeno repique”

“A pressa da vacina não se justifica porque você mexe com a vida das pessoas”

Estas frases, que embora pareçam ter sido ditas por um interno de algum manicômio, na verdade foram ditas por uma “pessoa” que ocupa neste momento o maior cargo executivo do país que é o de presidente da República.

Disse, com a frieza dos genocidas e com o desequilíbrio aparente dos sociopatas, em uma semana em que o Brasil atingiu a triste marca de 333 mil novos casos de Covid-19, o maior desde o início da pandemia.

Disse, quando o mundo atinge quase 2 milhões de mortos e quando só no Brasil já quase atingimos 200 mil mortes pela pandemia.

Disse, porque lhe é prazeroso promover o caos e a desordem. Disse, porque a mentira é o seu maior dom e a sua melhor plataforma de governar, ou desgovernar. Disse, porque é o monstro da vez em um mundo onde os monstros já foram quase todos extintos. Só ele persiste.

Nós, brasileiros lúcidos, infelizmente fomos os sorteados por alguma força desconhecida para ficar sob o julgo de um ser tão pusilânime e funesto. Acometidos por uma das mais devastadoras pandemias já vistas no mundo, nos coube o comando da incompetência da insensatez e da desinformação.

General especialista em logística militar comanda o Ministério da Saúde. Foto: Carolina Antunes/PR

Vimos ser nomeado para presidir a pasta da saúde, órgão que por sua atribuição seria o condutor e controlador da pandemia, um general especialista em logística militar. Um ministro que dentre as tantas declarações sem sentido, nos brindou com a pérola da semana:

“Pra que essa ansiedade, essa angústia?”

Disse, ao se referir sobre a expectativa da população quanto a chegada da vacina. É notório que o obediente e submisso ministro não tem preparo algum para o cargo e foi colocado lá por isso mesmo.

Aqui, é regra que a incompetência seja requisito básico para importantes cargos desde o mais alto escalão até o baixo clero. O do presidente é o mais evidente.

No mundo todo, o esforço de todos tem sido para debelar a pandemia. Órgãos de saúde fizeram um esforço nunca visto antes para criar uma vacina em tempo recorde que fosse eficaz e confiável. E chegou.

Vários países já começaram a aplicação da vacina porque foram competentes e eficientes quanto à concentração exclusiva de preservarem a vida das pessoas. Nosso presidente preferiu fazer politica e mentir espalhando que a cloroquina, um remédio comprovadamente ineficaz para o tratamento da covid-19, é que salva.

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Não temos um governo. Temos, sim, um presidente que ao fazer toda essa baderna ideológica tem só o sentido de tirar o foco dos escândalos que envolvem sua família e principalmente Flavio Bolsonaro que recentemente foi revelado pela imprensa que a Abin lhe forneceu relatórios privilegiados para sua defesa no caso das rachadinhas da Alerj.

Desde 2018, o Brasil não tem um presidente que se preocupa com planos para a economia, saúde, educação, trabalho, infraestrutura e planos sociais. Sua preocupação exclusiva é promover absurdos para tirar o foco de supostos crimes que envolvem os seus zeros.

Até quando seremos escravos dessa desordem?

Não podemos aceitar a normalização do absurdo que se desenha no Brasil. Parte da imprensa que antes ajudou a criar o monstro e hoje não sabe o que fazer com a criatura, se omite e lança a população à fome e a miséria.

Assistimos passivos retirarem nossos direitos trabalhistas, nossos empregos e nossa saúde. Assistimos acuados o desmonte do país. Nos jogam na lama da vergonha e nos amordaçam sem que sintamos a opressão.

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A mentira, o gabinete do ódio, os soldados das fake news mudaram a cara do país com o novo governo. Transformaram mentes e nos impuseram a desinformação como mote principal para a sustentação da Et caterva.

Souberam descobrir com maestria que um povo pode ser manipulado facilmente quando uma mentira lhes é empurrada nas vísceras. Hitler e Mussolini foram os grandes mestres que até hoje despertam paixões. Parece surreal, mas é fato.

De qualquer forma, a pandemia vai passar. Pra nós, mais tardiamente, mas vai passar. Infelizmente com mais vidas perdidas por incompetência das autoridades, mas vai passar. E quando passar, que possamos estar apostos para nos mover ainda que despedaçados, na maior união democrática já vista, para o resgate da normalidade democrática e de nossas vidas.

Eu aposto nisso!

           

Seles Nafes
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