Empresário acusado de tentar matar o sócio pede para ficar sem tornozeleira

O pedido foi negado pela juíza, que avaliou que o empresário poderia atrapalhar o andamento do processo
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Por SELES NAFES

A juíza Mayra Brandão, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Santana, município a 17 km de Macapá, negou pedido da defesa para que seja retirada a tornozeleira eletrônica de um empresário acusado de tentar matar o sócio para se livrar de uma dívida. A juíza concluiu que a retirada da medida poderá atrapalhar o andamento do processo.

Baseado no inquérito policial, o Ministério Público do Estado afirma que Richardson Lobo tentou matar Antônio Alcântara Queiroz Júnior, no dia 21 de junho de 2019, num ramal no Distrito do Coração. Um matador teria sido contratado, mas ele ainda não foi identificado.

O acusado teria marcado um encontro com a vítima para lhe pagar R$ 30 mil que devia. O dinheiro era referente a um show que os dois tinham organizado. Sem desconfiar de nada, Antônio foi até o ramal.

Dentro do carro, quando ia receber o dinheiro, a vítima levou um tiro na nuca disparado pelo homem que supostamente acompanhava Richardson Lobo, e que estava no banco de trás. Mesmo ferido, ele abriu a porta do carro e correu em direção à mata onde deitou e conseguiu se esconder dos agressores.

…empresário sobreviveu ao tiro que atravessou o rosto. Fotos: Reprodução

Ao pedir a retirada da tornozeleira, a defesa alegou que o empresário é réu primário, possui residência fixa e trabalho lícito.

Mas, ao analisar o pedido, a juíza concluiu que continuam existindo os motivos que determinaram a medida.

 “Ressalto que ainda não foi realizada a instrução do feito, fazendo-se necessário maior controle dos passos do requerente, eis que estando livre de fiscalização, poderá ameaçar as testemunhas do fato e a vítima”, comentou.

“Convém mencionar que o denunciado, embora tenha supostamente cometido ilícito penal com crueldade, no qual a vítima foi atingida de surpresa, pelas costas, em sua nuca, durante uma emboscada, por motivo torpe, qual seja, em razão de uma dívida que possui com o ofendido, já conseguiu obter o benefício da substituição de sua prisão, não merecendo, neste momento processual, a obtenção de mais um benefício que poderia colocar em risco à conveniência da instrução processual”, acrescentou.

Em agosto deste ano, o empresário chegou a ser detido por uma guarnição do Bope (foto em destaque) em uma roda de pagode, onde estaria desobedecendo o horário de recolhimento domiciliar. 

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