Vice de Guaracy é investigado na farra das pesquisas

Dídio é acusado de ter usado mais de R$ 405 mil em 77 supostas pesquisas. Num dos casos, foram 10 pesquisas no mesmo bairro
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Por SELES NAFES

O candidato a vice-prefeito na chapa de Guaracy Júnior (PSL), o também pastor Dídio Silva (Patriota), está sendo acusado pelo Ministério Público do Estado de fazer gastos elevados da verba indenizatória da Câmara de Vereadores com supostas pesquisas de opinião pública. A investigação identificou uma grande quantidade de pesquisas, muitas delas repetidas nos mesmos bairros.

A denúncia foi ajuizada na quarta-feira (1º) pelo promotor Afonso Guimarães, da 4ª Promotoria de Defesa do Patrimônio Público. Consta na ação de improbidade que Dídio usou R$ 405,3 mil, entre fevereiro de 2017 e agosto de 2020, em nada menos que 77 pesquisas de opinião.

Desse total, 50 tinham o mesmo objetivo: indagar sobre as “necessidades de infraestrutura e serviços básicos à população”. No entanto, o vereador recebeu reembolsos por 10 pesquisas só no Novo Horizonte. Pesquisas teriam sido repetidas também em outros bairros.

Brasil Novo (9)

Congós (8)

Buritizal (8)

Zerão (8)

Infraero (7)

Ipê (7)

Novo Buritizal (5)

“(…) Esse tipo de comportamento ofende a moralidade pública, pois se distancia dos compromissos assumidos pelos parlamentares e se confronta com a realidade social do município, considerando as carências da população”, diz o promotor.

Além de Dídio, outros cinco vereadores são investigados e já foram denunciados. São eles: Yuri Pelaes (MDB), Odilson Serra (PSDB), Rayfran Beirão (PSDB), Diego Duarte e o ex-vereador e atual deputado Diogo Sênior (PMB). Até agora, apenas Yuri se posicionou afirmando a atuação do MP é política e midiática, e que provará sua inocência. 

O promotor Afonso Guimarães afirma que os reembolsos tiveram o objetivo de promover enriquecimento ilícito, e que outros vereadores estão sendo investigados.

Impressão errada

Procurado, o pastor Dídio mandou uma nota onde alega que a pesquisa é uma das ferramentas do parlamentar para conhecer os anseios da população, e que não cometeu nenhuma irregularidade.

“Está tudo dentro da legalidade, da Lei Orgânica e Regimento da CMM. A média mensal de gastos é R$ 10 mil, quando somados os 4 anos passa a impressão errada do que de fato acontece. Sou um dos parlamentares com o maior número de requerimentos e indicações”, frisou ele.

Seles Nafes
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