Carreata “Fora Bolsonaro” protesta contra atraso da vacinação no Brasil

Compartilhamentos

Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

Assim como em diversas capitais e cidades do país, a manhã deste sábado (23), em Macapá, foi marcada pela carreata “Fora Bolsonaro”, movimento político que pede a saída do presidente.

A organização do evento, feita por centrais sindicais, sindicatos e partidos de oposição, questiona as ações, ou omissões, segundo os manifestantes, do presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) frente à pandemia de covid-19.

Para os movimentos, Jair Bolsonaro boicotou as chances que o país teve de entrar na fila mundial por vacinas, o que fez com que o país de dimensões continentais, a décima economia do mundo e mais de 220 milhões de habitantes, ficasse muito para trás do início da vacinação.

“Nós entendemos que o momento que o Brasil vive hoje, com mais de 212 mil mortes de brasileiros pela covid-19, sabendo que vidas seriam perdidas, mas nós tínhamos condições se tivéssemos um governo responsável que escutasse a ciência, que não fosse negacionista, que ouvisse os especialistas, os infectologistas. Nós teríamos outra situação e não chegaríamos a esse número de mortos”, avaliou Giovani Granjeiro, da direção da CUT Amapá.

Carro som dava o tom do protesto. Fotos: Marco Antônio P. Costa

Carreata teve mais de 100 veículos

Manifestantes sentiram apoio e oposição ao movimento

Popularidade

Na véspera da carreata, na sexta-feira (22), duas pesquisas de institutos diferentes, uma do Instituo Ideia e outra do Datafolha, mostram um crescimento das pessoas que consideram o governo federal ruim ou péssimo, bem como a diminuição dos que o consideram ótimo.

Enquanto a carreata passava, os manifestantes sentiram a polarização do clima político. Muitos motoristas, moradores ou pessoas nos comércios, buzinavam ou acenavam em sinal de apoio, assim como muitos também gritavam o nome do presidente Bolsonaro em sinal de apoio a ele.

Giovani Granjeiro, da CUT: Brasil sem vacinação em massa

Tatiana Rezende: brasileiros sem auxílio emergencial

Questão social

Olhando por outro aspecto, a socióloga Tatiana Rezende avalia que, além da ineficácia na condução do país durante a pandemia, também pesa a questão social e econômica. Com o fim do auxílio emergencial, que para Tatiana deveria continuar, ele prevê que ocorrerá ainda mais desgaste da sociedade com o governo.

“Milhões de brasileiros ficarão sem renda, já estão neste mês todo de janeiro. O benefício deveria continuar e com o agravamento da situação social das famílias, os escândalos de Queiroz e rachadinhas que aparecem toda hora e a total ineficácia nas ações contra a covid-19,  o movimento Fora Bolsonaro deve crescer, e hoje foi o pontapé inicial em todo o país”, declarou ela, que é do Sindicato dos Servidores Civis do Amapá (Sinsgaap).

A carreata contou com pelo menos uma centena de carros e percorreu ruas do centro, zona sul de Macapá.

Seles Nafes
Compartilhamentos
Insira suas palavras de pesquisa e pressione Enter.
error: Conteúdo Protegido!!