Coronavac é a mais adequada para o Amapá, diz chefe de Vigilância em Saúde

Superintendente de Vigilância em Saúde do Amapá, Dorinaldo Malafaia, explicou critérios técnicos sobre armazenamento e transporte para regiões ribeirinhas do Amapá.
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

O superintendente da vigilância em saúde do Amapá, Dorinaldo Malafaia, afirmou que a coronac, a vacina produzida pelo Instituto Butantan de São Paulo em parceria com a Sinovac, é a mais adequada para a realidade do Estado do Amapá.

A afirmação foi feita na manhã desta terça-feira (12) durante o “Fórum Governo e Prefeituras juntos por um Estado Forte”, onde o governador do Estado, Waldez Góes, reuniu-se com os prefeitos e secretários de saúde e educação dos 16 municípios amapaenses. O encontro ocorreu no Palácio do Setentrião, centro de Macapá.

Fórum reuniu prefeitos e representantes dos 16 municípios em Macapá. Fotos: Marco Antônio P. Costa/SN e Maksuel Martins/GEA

Malafaia, que apresentou o Plano Estadual de Vacinação aos prefeitos, esclareceu que a coronavac tem pelo menos duas grandes vantagens em relação às demais para a nossa região amazônica.

A primeira é sobre a questão do armazenamento, que pode ser feita na estrutura que o Estado já tem preparado e municípios também, porque é a mesma “rede de frio”, ou seja, freezers, utilizados para armazenar as vacinas da Influenza, por exemplo.

Malafaia apresentou o Plano Estadual de Vacinação aos prefeitos

“A coronavac é a mais adequada para a nossa região, a que melhor se encaixa nas características do nosso Estado, pois nós já temos, atualmente, Estado e municípios, condições de armazenamento. A vacina da Pfizer, por exemplo, precisa de acondicionamento em uma temperatura de menos 70° Celsius, e temos essa possibilidade no laboratório central, entretanto, transporte e armazenamento seriam dificuldades extras. De todo modo, o fundamental é que os gestores municipais, anteriores e os que assumem agora, estejam todos alinhados para a tarefa. A palavra de ordem é integração”, concluiu Malafaia.

Outro elemento é o intervalo entre primeira e segunda dose. A coronavac pode ser aplicada com um intervalo de três semanas, enquanto que a da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Rio de Janeiro, por exemplo, tem que ser de 12 semanas aproximadamente, o que gera dificuldades logísticas maiores.

Plano A e plano B

O governador Waldez Góes (PDT) esclareceu na reunião as táticas que o governo adotou até o momento. Primeiro, ele garantiu que o Plano Estadual está prevendo segurança para as valiosas vacinas, armazenamento e distribuição, e que o momento é de manter a união com as prefeituras como ocorreu durante toda a pandemia.

Governador Waldez Góes (PDT): temos planos A e B

Sobre a data da vacinação, Waldez esclareceu que todos os Estados e municípios do país estão na expectativa da divulgação, pelo Ministério da Saúde (MS), do calendário do Plano Nacional de Imunização.

“É importante esse nivelamento do governo com os 16 municípios, secretários e coordenadores de vigilância em saúde, pois requer vacinas e os insumos, rede de frio, distribuição e monitoramento, aplicação, capacitação de servidores, grupos prioritários e o estado está organizado com o Plano Estadual”, declarou Waldez.

Caso ocorra algum problema com o PNI, o Estado tem uma alternativa.

“Já temos uma reserva de 360 mil doses de vacina, resultante de articulação com o governo de São Paulo e Butantan. A aquisição vai custar 20 milhões de reais e o governo já tem a verba, caso seja necessário”, esclareceu o governador.

Educação e saneamento

As 16 prefeituras amapaenses assinaram a adesão ao programa Criança Alfabetizada, que visa melhorar a educação nas séries iniciais.

Secretária de educação estadual, Goreth Souza

“Foi um momento para nos posicionarmos como está o programa para todos os municípios e reafirmarmos nosso compromisso para fortalecer esta etapa importante de ensino, que é de responsabilidade dos municípios, mas o Estado não abre mão de seu papel de indutor, de fortalecedor, porque se o estudante for alfabetizado na idade certa, tiver um fluxo escolar bom, ele vai chegar na rede do Estado com muito mais qualidade e vai ter sucesso na sua trajetória escolar”, informou a secretaria estadual de educação, Goreth Souza.

Por fim, o secretário de Estado de Desenvolvimento de cidades, Antônio Teles Júnior, apresentou aos prefeitos a parceria do Estado do Amapá com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o atendimento do novo marco regulatório do saneamento básico.

O Amapá tem um gargalo histórico nessa área, com índices muito baixos de saneamento.

Secretário de Estado de Desenvolvimento de cidades, Antônio Teles Júnior

“Nós já temos um projeto pronto e qualificado no BNDES pra fazer a concessão do saneamento básico no Estado, restando apenas algumas leis a serem aprovadas. Isso vai viabilizar uma construção de 35 anos, com uma meta de investimentos de 4 bilhões de reais, para que o Estado possa universalizar a oferta de distribuição de água e coleta de esgoto até 2033, conforme a meta prevista pelo governo federal”, concluiu Teles.

Seles Nafes
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