Pai é indiciado por estuprar e engravidar duas filhas

Crimes foram denunciados à Polícia Civil do Amapá pelo Conselho Tutelar da Zona Sul de Macapá. Dercca fez a investigação.
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Por RODRIGO ÍNDIO

A Delegacia Especializada de Crimes contra Crianças e Adolescentes (Dercca) indiciou um homem de 49 anos pela prática de estupro de vulnerável contra as próprias filhas. As duas supostas vítimas engravidaram e optaram por ter os bebês.

O nome do acusado e o bairro onde ocorreram os crimes não foram divulgados pela polícia, para assegurar a privacidade das vítimas.

A investigação partiu de uma denúncia feita pela Conselheira Tutelar de Macapá da Zona Sul, Edna Rodrigues. A polícia, então, instaurou inquérito para apurar os abusos sexuais que duas adolescentes sofreram.

De acordo com o delegado Ronaldo Entringe, titular da Dercca, a investigação foi iniciada ouvindo vizinhos e familiares do infrator e das vítimas. O indiciado teria mantido relações sexuais com as duas filhas, uma, de 14 anos, e, outra, de 13 anos de idade, à época dos fatos.

Crime foi investigado pelo delegado Ronaldo Entringe

“Inicialmente, a família do infrator acobertou, a mãe das vítimas e outros. Disseram que a filha caçula havia sido estuprada numa festa. Só que os parentes que moram na casa ao lado acharam estranho, porque a filha mais velha, hoje com 25 anos, quando tinha 13 anos, havia sido estuprada por ele e desse estupro nasceu um filho, que segundo os parentes é a cara do suspeito”, detalhou o delegado.

Ainda segundo Entringe, outro detalhe que levou familiares e vizinhos a desconfiar da alegação dos pais das vítimas, é que o infrator era muito rígido em casa e não deixava ninguém sair, principalmente para eventos.

“Os denunciantes afirmam ainda que os pais sequer quiseram comparecer na delegacia para apresentar denúncia policial quando a filha supostamente foi estuprada. Do abuso da filha caçula, hoje com 14 anos, nasceu recentemente uma menina”, acrescentou o delegado.

Como as duas supostas vítimas engravidaram, tanto o indiciado quanto as crianças foram encaminhadas para a Polícia Técnico-Científica (Politec) para serem submetidos a exame de DNA, a fim de investigação de paternidade. O resultado ainda está em análise.

O acusado está preso no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), em decorrência de uma prisão preventiva efetuada no dia 23 de dezembro, na Operação Reverso de 2020, por estupro de vulnerável. Ele teve a prisão decretada após ameaçar testemunhas.

O inquérito está concluído e aguarda a decisão da Justiça. A Polícia Civil destacou que é importante que a vítima, mesmo tendo atingido a maioridade civil, procure qualquer delegacia e registre um boletim de ocorrência.

O prazo prescricional é de 20 anos para que a vítima denuncie o crime, ou seja, mesmo que a vítima já seja maior de idade e ainda não tenha se passado as duas décadas de tempo desde o dia do fato, ela pode denunciar.

“Esse é o prazo que a polícia tem para apurar um crime de estupro, contra menor de 14 anos, vítima de estupro de vulnerável, homem ou mulher. Por isso a vítima, mesmo hoje já sendo maior de idade, mesmo já adulta, se não faz mais de 20 anos que o crime ocorreu, pode nos procurar aqui na Dercca”, afirmou o delegado.

Seles Nafes
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