A pandemia do novo coronavírus provou uma grande queda no volume de vendas e consequente movimentação financeira nas vendas das Feiras do Produtor controladas pelo Estado nos municípios de Macapá e Santana.
Em 2020, as feiras movimentaram R$ 12 milhões com as vendas de 2.881 toneladas de 158 tipos de produtos alimentícios. A movimentação financeira é 74% menor que os R$ 46 milhões de 2019 e com volume 69% abaixo que as 9.305 toneladas de 204 variedades alimentícias do ano anterior.
Os dados são da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural (SDR). O órgão atribui a retração diretamente à pandemia de covid-19, que obrigou o fechamento das feiras por 5 meses.
Além disso, quando as feiras foram reabertas, no mês de agosto, uma outra dinâmica nos espaços teve que ser implementada, por causa das medidas de prevenção ao vírus. As feiras, que antes comportavam até 200 produtores, passaram revezar 75 produtores por vez, às terças e quintas.
Escoamento da produção
Apesar do fechamento das feitas, a SDR ressaltou que manteve ativo durante todo o ano de 2020 o escoamento da produção, que passou ser direcionada ao comércio varejista e atacadista dos dois municípios.
O Estado fornece caminhões e o combustível para transportar a produção de mais de 1.300 polos rurais do interior para a capital e a zona urbana de municípios como Macapá e Santana.
Segundo a SDR, durante o período em que as feiras estiveram fechadas, esse transporte foi mantido e a produção foi repassada diretamente ao comércio. Assim, os produtores não ficaram sem renda e não houve desabastecimento no mercado local.
Banana superou farinha
Em 2020 o alimento mais vendido foi a banana com mais 564 toneladas o que representou 20% das vendas nas feiras de Macapá e Santana. Em seguida, ficou a farinha de mandioca, que durante os anos de 2018 e 2019 foi o alimento que liderou as vendas, com 428 toneladas, o que representa 15% do comércio geral nas feiras.