Por SELES NAFES
O desembargador Rommel Araújo, de 54 anos, é o novo presidente do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap). Ele foi empossado ontem (27), à noite, numa cerimônia híbrida no plenário da sede do judiciário amapaense.
Nascido e criado em Brasília (DF), Rommel Araújo ingressou na magistratura do Amapá aos 25 anos no primeiro concurso para o quadro de juízes, em 1991. Em seu discurso de posse, o desembargador relembrou as origens, homenageou a família, amigos e a ex-chefe quando era servidor do Tribunal Regional Federal (TRF1).
O novo presidente do Tribunal de Justiça do Amapá também lembrou as 1.135 pessoas que morreram em um ano de pandemia no Amapá, entre elas operadores do Direito, como os advogados Nilson Montoril Júnior e Adamor Oliveira.
“Não estamos diante de um resfriado ou de uma doença de simples solução, como muitos incautos pregavam – e ainda pregam, nas redes sociais ou quando querem, a todo custo, os holofotes da imprensa na sua direção”, ponderou.
Para Rommel, esse tipo de gesto não se trata de liberdade de expressão, mas de “desrespeito e insensibilidade à dor alheia”.
Ele defendeu a eficiência do trabalho de servidores e magistrados, mesmo no modelo retomo, e garantiu que o tribunal continuará tomando todas as precauções para evitar a propagação do coronavírus. De acordo com o desembargador, processos que resultam em alvarás judiciais de pensão alimentícia, por exemplo, estão sendo expedidos com agilidade.
“Todos nós, operadores do Direito, temos consciência de que a Justiça não pode esperar”.
Poderes
O novo chefe do Poder Judiciário no Amapá também disse que espera a continuidade de uma convivência harmônica entre os Poderes para vencer instabilidades sociais, e que sua gestão será focada na valorização dos serventuários e na continuidade do processo de modernização.
“Hoje, trinta anos depois, olhamos para um judiciário preocupado com o meio ambiente, com processos 100% virtualizados e agora Varas Judiciais também 100 % virtuais. A internet e a inteligência artificial estão trazendo ao nosso Poder uma espécie de acelerador, permitindo maior agilidade na prestação jurisdicional, racionalizando melhor o tempo e diminuindo custos”.