A velocidade de mais de 3 vezes o limite da via foi determinante para a morte de dois funcionários de um restaurante em Macapá, no último dia 15 de janeiro, durante um acidente de trânsito.
É o que aponta o laudo divulgado nesta segunda-feira (1º) pela Polícia Técnico-Científica (Politec) sobre as causas da colisão, na qual morreram o chef de cozinha Mikel Pinheiro, de 49 anos, e a cozinheira Rosineide Aragão, 42 anos.

Mickel e Rosineide morreram no local do acidente
A colisão entre o BMW e o Celta, onde estavam os trabalhadores, ficou conhecida como caso Dawson, referência ao nome do motorista do veículo de luxo, que está preso no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).
O laudo foi concluído na sexta-feira (29) e já está nas mãos da Polícia Civil, que investiga o caso. O acidente ocorreu à noite, na avenida Padre Júlio Maria Lombard, entre as Ruas Paraná e Minas Gerais.
Elaborado pelos peritos Ronaldo Modesto e Edien Pena, o estudo aponta que a BMW transitava a 184 km/h e estava a uma distância de 137,70 metros de distância no momento em que o Celta iniciou a conversão à esquerda antes da colisão.

Dawson foi preso no dia 16. Foto: Rodrigo Índio/SN
A via tem limite de velocidade de 60 km/h. Nessas condições, o BMW levou apenas 2,7 segundos para percorrer os 137,70 metros e atingir o celta, arrastando-o por mais 73 metros do local de impacto.
O laudo concluiu, ainda, que quando começou a fazer a conversão, o motorista do Celta, Mikel, não tinha visualização do BMW por estar distante. O documento também aponta que que se o carro de luxo estivesse trafegando dentro do limite de velocidade máxima permitida da via, teria dado o tempo para que o Celta realizasse a conversão.

Estado do BMW após a colisão
O resultado da perícia informou que no local do acidente não foram detectados sinais de frenagem, apenas marcas de arrastamento das rodas do Celta.