Sinsepeap faz ‘blitz’ em Brasília por saúde dos professores

Entidade quer que os professores e outros profissionais da educação sejam imunizados antes de qualquer cogitação de retorno de aulas presenciais,
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

A direção política do Sindicato dos Servidores em Educação do Amapá, o Sinsepeap, esteve nesta semana em Brasília buscando apoio da bancada federal do Amapá para a saúde dos trabalhadores da educação do Estado.

A entidade reuniu-se com os três senadores amapaenses e a maioria dos oito deputados federais. A ideia é que uma parte das emendas de bancada a que o Amapá tem direito seja destinado para que Estado e Municípios possam empregar em ações de apoio aos professores durante a pandemia de covid-19.

presidente do Sinsepeap conversou com o senador Davi Alcolumbre

Kátia Almeida, presidente do sindicato, informou que o projeto elaborado pela entidade prevê a destinação de R$ 1,5 milhão e foi muito bem aceito pelos parlamentares, recebendo um aceno positivo.

“Tomamos a decisão no Sinsepeap de que deveríamos ir até Brasília apresentar um projeto voltado para a saúde do trabalhador. A recepção foi ótima dos 3 senadores, dos deputados e na peregrinação pelos gabinetes ainda conversamos com vários prefeitos e vereadores. Nada foi confirmado ainda, mas estamos confiantes na sensibilidade dos parlamentares com a nossa categoria”, declarou Kátia.

Presidente conversa com senador Lucas Barreto

Aulas presenciais, só com vacinação

O Sinsepeap tem a posição de que o retorno às aulas presenciais só pode ocorrer após a vacinação da categoria contra covid-19, para proteger professores, alunos e as famílias destes profissionais e desses estudantes.

A professora Kátia Almeida lembrou dos muitos colegas que perderam a vida para a covid-19 que, segundo dados repassados ao sindicato pela secretaria de educação estadual (Seed), já somam um total de 64 professores.

Ela explicou que os educadores nunca deixaram de trabalhar e que, ao contrário, o nível de carga de trabalho aumentou, tendo os docentes que se reinventarem para ministrarem aulas remotas, desenvolvendo novos métodos, tendo a sensibilidade com as famílias de poucas condições para fornecer o material tecnológico necessário às aulas, além das dificuldades com internet, os desafios de lecionar no interior e em áreas ribeirinhas.

Professora Kátia Almeida: “não leve seu filho para lugar nenhum. Fique em casa, nós estamos trabalhando de maneira remota”

Quanto ao debate que setores da sociedade amapaense têm manifestado propondo o retorno imediato do trabalho presencial, a sindicalista foi categórica.

“Infelizmente, tem gente que paga essa gasolina caríssima para fazer carreata pedindo o retorno das aulas presenciais. O sindicato aconselha: não leve seu filho para lugar nenhum. Fique em casa, nós estamos trabalhando de maneira remota, não é a mesma coisa, faltam instrumentos pra gente, falta também para os pais dos alunos, mas mesmo assim, a vida é mais importante. Mesmo com dificuldades, vamos passando por tudo isso”, finalizou Kátia.

Seles Nafes
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