Uma amizade complicada

O prefeito Furlan e seu principal apoiador no primeiro turno não se falam há duas semanas
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Por SELES NAFES

Um dos principais apoiadores da campanha de Antônio Furlan (Cidadania), no ano passado, entrou em rota de colisão com o prefeito de Macapá. Gilvam Borges (MDB) não está nada contente com o espaço que lhe coube na nova gestão municipal, e não tem escondido a insatisfação de ninguém. Ele e o prefeito, inclusive, já bateram boca e não estão se falando.

Gilvam Borges foi o principal apoiador de Furlan no primeiro, quando o atual prefeito ainda procurava uma coligação para tirar o Cidadania do isolamento. Gilvam, que vem conseguindo manter o controle do MDB no Amapá há mais de uma década, ofereceu a legenda, fundo partidário e considerável tempo na propaganda eleitoral.

Na prática, entretanto, a situação sempre foi de desprestígio. Para aderir à candidatura de Furlan, Gilvam fez um acordo que de alguma forma não garantiu a ele o direito de indicar nomes. A vice-prefeita Mônica Penha, por exemplo, apesar de ser do MDB, na verdade foi escolhida por Furlan.  

Na prefeitura não tem sido muito diferente. Gilvam foi colocado no baixo clero e teve direito a apenas um cargo: indicou o filho Gonçalo Borges (ex-candidato a vereador) para ser secretário de Direitos Humanos, uma pasta que tem apenas cinco cargos e quase nenhuma estrutura.

 

Os dois durante anúncio da aliança. Fotos: Reprodução

Há cerca de 15 dias, Furlan foi ao escritório de Gilvam, no local batizado de “Palácio da Cidadania”, resquício do polêmico governo paralelo que o emedebista tentou implantar durante o governo Camilo Capiberibe (2011/2015).

O tempo fechou. Furlan deixou o prédio irritado com Gilvam gritando na sacada. Desde então, os dois não se falam e Gilvam vem tentando uma reaproximação com outros grupos políticos.   

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