Vacinas são a urgência

Já se foram mais de 2 milhões de vidas no globo, mais de 457 mil nos Estados Unidos e mais de 257 mil no Brasil.
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Por ARTEMIS ZAMIS

Já se vão mais de 450 dias desde que se instalou no mundo a covid-19, doença causada pelo vírus SARS-CoV-2, que continua dizimando vidas por todo o planeta sem tomar conhecimento de governos, ideologia política, credo, cor, raça. Simplesmente mata.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o primeiro caso de infecção ocorreu em 8 de dezembro de 2019, em Wuhan, na China, e, de lá para o mundo, foi quase que instantâneo, surpreendendo a comunidade científica e OMS.

Pesquisas em tempo recorde fizeram surgir vacinas. Fotos: Divulgação

Nada se sabia sobre o novo coronavírus e o que ocorreu foi a sua disseminação global rápida, que fez a OMS decretar pandemia já em março de 2020. De lá para cá, já se foram mais de 2 milhões de vidas no globo, tendo os Estados Unidos em primeiro no ranking com mais de 457 mil mortes e o Brasil em segundo com mais de 257 mil vidas perdidas.

Graças a governos aguerridos como os da Inglaterra, Rússia, China, Alemanha e outras potencias mundiais que puderam investiram pesado em pesquisas, em tempo recorde fizeram surgir vacinas eficazes, que já se espalham mundo afora para conter a pandemia.

Infelizmente, Países como Estados Unidos e Basil, tiveram o maior número de mortos e contaminados pelo desastroso modo com que seus governos trataram a pandemia por seu negacionismo, desprezo pela ciência, menosprezo pelos protocolos sanitários e, pasmem, até propaganda de remédios comprovadamente ineficazes contra a doença, como Ivermectina e Cloroquina, que na verdade são para vermes, piolhos e malária, respectivamente, foram divulgados como tratamento precoce para a covid-19.

O presidente do Brasil foi à TV e redes sociais divulgar massivamente esses remédios, chegando até a correr atrás de uma Ema no Palácio do Planalto com uma caixa de cloroquina na mão com o intuito de chamar a atenção para que a população aderisse o consumo de tais produtos. Absurdo!

Estados Unidos já teve que enterrar mais de mais de 457 mil pessoas

Segundo relatório de uma comissão da prestigiada revista britânica “The Lancet”, feita no governo de Donald Trump, apontou que 40% das mortes por coronavírus nos EUA teriam sido evitadas se o governo não tivesse sido inepto e ineficiente no combate a pandemia. Uma tragédia que deveria ter sido menor.

A mesma revista, em recente estudo sobre a doença em nosso país, feito por 6 cientistas, aponta que a necropolítica está viva em nosso país, que vivenciamos não só uma crise econômica, mas política e ética, que as ações do governo no combate a pandemia são as mais desastrosas já vistas no mundo.

A bem da verdade a “The Lancet” apenas comprova o que todos nós com o mínimo de percepção da realidade presencia todos os dias. O governo Bolsonaro (Sem Partido) tem tanto desprezo pela vida das pessoas que dos 20 bilhões aprovados pelo congresso para uso exclusivo no combate a pandemia, usou apenas 9% do total, conforme informou a Folha de São Paulo na edição de hoje.

Se nos EUA 40% de mortes poderiam ter sido evitadas, talvez quantas famílias poderiam ainda estar juntas e não dilaceradas pela ineficiência, negacionismo e irresponsabilidade de um governo que ainda não se conscientizou que o vírus não tem lado, ele não é de direita nem de esquerda, apenas mata.

257 mil vidas brasileiras já foram perdidas

Este governo precisa entender de uma vez por todas que não pode governar apenas para sua claque. Um presidente tem que governar para todos e todos precisam ser alcançados em suas necessidades.

A pandemia infelizmente está entre nós e aqui endosso o chamamento do epidemiologista Fernando Barros, da Universidade Federal de Pelotas e da Universidade Católica de Pelotas que em entrevista ao Uol hoje, afirma categoricamente que se não houver um clamor popular pela vacina, continuarão a morrer mais de mil pessoas por dia.

A situação é dramática. A continuar nessa batida, se tudo der certo talvez o Brasil consiga vacinar 100% em 2022 apenas. Até semana passada conforme dados divulgados, o Brasil era o 49º no ranking de vacinações.

Um clamor popular há de ser levantado pela compra de vacinas.

Se já temos a solução, constitui crime não se evitar a morte.

Seles Nafes
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