1º dia de lockdown tem lojas fechadas e dúvidas sobre decretos

Decreto de calamidade pública vale por sete dias, e livrou as academias do fechamento
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Por RODRIGO ÍNDIO

A maior parte do comércio amanheceu fechada, nesta quinta-feira (18), no 1º dia de lockdown no Amapá por determinação do governo do Estado. No entanto, as academias e algumas lojas funcionaram normalmente, o que gerou debates e dúvidas nas redes sociais.

Durante uma rápida coletiva no início da manhã, o prefeito de Macapá, Antônio Furlan (Cidadania), esclareceu alguns pontos do decreto municipal que valerá por sete dias.

O decreto, que tem 42 páginas, acompanha em linhas gerais o decreto do governador Waldez Góes (PDT) que determinou o fechamento total nos 16 municípios de todos os serviços não essenciais.

No entanto, em Macapá, um decreto do ex-prefeito Clécio Luís (sem partido) tinha reconhecido as academias como serviços essenciais para a saúde, por isso elas foram poupadas, diferentemente do que prevê o decreto estadual.

“O decreto não diverge do governo do Estado, que deixou alguns aspectos para serem regulamentados pelas prefeituras. Estamos seguindo a lei sancionada na gestão passada, e como médico entendo que a atividade física contribui para a saúde das pessoas”, justificou o prefeito.

Bares e restaurantes

Sobre os bares e restaurantes, Furlan reconheceu o momento complicado para os negócios, mas disse que receberá representantes do setor ainda hoje para discutir medidas que possam mitigar os efeitos do fechamento.

Na quarta-feira (17), representantes do comércio chegaram a pedir ajuda do Ministério Público para mediar um consenso com o governo do Estado. Eles se reuniram com a procuradora-geral de Justiça, Ivana Cei, e apresentaram uma carta de sugestões com medidas para reduzir o impacto do fechamento, entre elas compensação tributária. 

Renivaldo Costa foi escolhido por comerciante para dialogar com o MP

Penalização

Em relação às lojas de materiais de construção que também vendem eletrodomésticos e eletroeletrônicos estarem funcionando, o prefeito disse que será necessário aperfeiçoar as medidas para não penalizar as lojas que vendem apenas eletrônicos. As lojas de construção também estão entre os serviços essenciais para que obras não sejam interrompidas.

Nas ruas do tradicional comércio de Macapá, todas as lojas fecharam, incluindo o camelódromo da Avenida Cora de Carvalho, que virou uma alameda comercial com pelo menos 30 lojas. Os camelôs (com local fixo) estão liberados para trabalhar das 6h às 20h.

Estão estão liberados no modelo presencial: clínicas médicas, odontológicas, laboratoriais, lojas de construção, panificadoras, açougues, batedeiras de açaí, supermercados, mercantis, mini-boxs, farmácias, postos de combustíveis, distribuidoras, atacados, feiras livres, entre outros. Os demais segmentos atenderão por delivery, retirada ou agendamento.  Clique aqui para ler na íntegra o decreto  

Prefeito em coletiva pela manhã: decreto anterior livrou academias. Fotos: Rodrigo Índio

Jornalistas na coletiva que foi rápida

Estabilização

Furlan ressaltou que a rede básica de saúde está montando leitos de estabilização para pacientes graves de covid-19, com o objetivo de manter as pessoas vivas até terem a oportunidade de serem transferidas para UTIs.

Ele também anunciou a criação de um fundo onde moradores de Macapá poderão doar dinheiro para a compra de vacinas contra a covid-19. Na semana passada, Furlan fechou um termo de intenção para a aquisição de 119 mil doses.

Seles Nafes
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