Por SELES NAFES
As empresas Linhas de Macapá Transmissão de Energia (LMTE) e a Gemini Energy foram multadas pelo Procon do Amapá em mais de R$ 450 mil. A alegação do órgão é de que houve má prestação de serviços na crise que resultou no apagão de novembro do ano passado.
As multas encerram o procedimento administrativo do Procon, que concluiu que a LMTE não ofereceu serviços adequados e seguros, conforme determina o artigo 22 do Código de Defesa do Consumidor, e a Gemini não apresentou defesa durante a apuração. A LMTE terá de pagar multa de R$ 270 mil e a Gemini mais de R$ 180 mil.
O Procon informou que elas serão notificadas no prazo de 15 dias, período em que ainda poderão apresentar defesa.
De acordo com o diretor do Procon no Amapá, Eliton Franco, as duas empresas.
“As duas tiveram responsabilidade, e diante da gravidade do apagão cabiam a elas se organizarem e serem mais vigilantes, o que poderia ter evitado o sinistro. A conduta ao longo do processo administrativo violou direitos básicos dos direitos dos consumidores”, comentou.
A Assessoria de Comunicação da LTME informou que a empresa, que é controlada pela Gemini, ainda não foi notificada. O Portal SelesNafes.Com tenta conta com a Gemini, que tem sede no Rio de Janeiro. Numa parceria com o Procon carioca, o órgão amapaense conseguiu notificar a empresa na capital fluminense ainda durante a crise energética.
O apagão do dia 3 de novembro deixou 13 dos 16 municípios do Amapá em escuridão total durante 4 dias, e gerou um racionamento de energia que se estendeu por quase um mês.