O Boletim Epidemiológico no qual o governo do estado apoiou sua decisão de estender o lockdown com regras mais duras mostra que o Amapá está há três semanas consecutivas na mais alta faixa de risco para o contágio do novo coronavírus, a fase roxa. O relatório é do Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (Coesp).
Segundo os dados, numa escala que vai até 40 pontos, o Amapá alcançou 37 pontos na última terça-feira (22), antevéspera da decisão do governo. Essa classificação de risco, estabelecida pelo Ministério da Saúde, é calculada através de indicadores nas 16 cidades do estado.
Segundo o boletim, naquela data a taxa de ocupação de leitos UTI adulto no estado estava em 90,48%. A de ocupação de leitos clínico adulto em 92,51%. A taxa de variação de óbitos por problemas respiratórios associados à covid-19 estava com crescimento de 78,26%. E a taxa de positividade de exames RT-PCR nos 21 dias anteriores havia saltado 38,19%.
Todos esses indicadores colocaram o Amapá com 14 municípios na faixa vermelha, que significa “alto risco” de infecção, 1 em risco moderado (Oiapoque) e a capital com o mais alto risco de contágio, faixa roxa, com 39 pontos – numa escala que vai apenas até 40.
Apesar disto, nesta manhã de quinta-feira (25), o prefeito de Macapá, Antônio Furlan, publicou um decreto com medidas mais flexíveis que o decreto lançado pelo governador Waldez Góes. Enquanto o governante estadual restringiu o funcionamento quase total de atividades econômicas no fim de semana, o gestor municipal permitiu o funcionamento parcial destes mesmos empreendimentos.
Contudo, o prefeito fez restrições à circulação de pessoas por uma semana, implementando rodízios de veículos na capital, por terminação da numeração da placa.