Por RODRIGO ÍNDIO
O aniversário de 12 anos marca normalmente na vida de uma menina a experiência de começar a deixar para trás toda uma infância e entrar nos sonhos vindos com as mudanças adquiridas da adolescência.
Mas em um caso específico, ocorrido em Laranjal do Jari, no sul do Amapá, a data foi de tristeza e marcada por um trauma para o resto da vida.
De acordo com Polícia Civil, no dia 2 de janeiro deste ano, a menina saiu de sua casa no início da noite com destino à residência de uma tia. No meio do caminho, encontrou um vizinho, de 32 anos, que estava de bicicleta. Ele não teve o nome revelado pela polícia.
O homem se prontificou a levá-la, mas desviou o caminho e levou a menina para um motel. Segundo o delegado Aluísio Aragão, da Delegacia da Infância e Juventude da cidade, chegando ao local, ele a puxou pelos braços para dentro de um quarto e, “contra a sua vontade”, ressaltou o delegado, praticou conjunção carnal e outros atos libidinosos com ela.

Delegado Aluísio Aragão, da Delegacia da Infância e Juventude da cidade, indiciou o acusado por estupro. Foto: Ascom/PC
“A adolescente se aproveitou de um momento em que o autor estava no banheiro e conseguiu fugir do quarto”, contou Aragão.
Ele detalhou, ainda, que após várias diligências, a adolescente foi encontrada na casa de um amigo da escola, três dias depois do crime, no dia 5 de janeiro.
Após investigações, o homem de 32 anos foi indiciado pelo crime de estupro de vulnerável. Ele é primário, tem emprego fixo e não tinha passagens pela polícia. Por isto, a princípio, vai responder em liberdade.
Um familiar da vítima que prestou depoimento disse que ouviu diretamente dela que o indiciado deu o valor de R$ 50 para ela não contar a ninguém sobre o que havia acontecido.
O inquérito policial foi concluído e enviado ao Ministério Público Estadual, para que promova a ação penal.