Ocupação de leitos preocupa e governo decreta ‘lei seca’

O Amapá está com uma avaliação de risco na cor vermelha, ou seja, risco alto, penúltimo nível, abaixo apenas do patamar "muito alto".
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

Nas semanas em que a pandemia da covid-19 voltou a atingir patamares críticos em diversos estados, com a média de mortes diária acima dos 1 mil, por 15 dias seguidos, a reunião entre Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (Coesp) e as prefeituras do Amapá, voltou a indicar aumento de casos e, com isso, o consequente aumento nas medidas de restrição social.

Reunião entre Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (Coesp) e as prefeituras do Amapá, voltou a indicar aumento de casos Fotos: Marco Antônio P. Costa/SN

Mas, notadamente, assim como nos períodos carnavalescos de fevereiro, a venda e consumo de bebidas alcoólicas estará proibida nos finais de semana, pois o Governo do Estado do Amapá (GEA) compreende que a partir das reuniões etílicas é que aumentam as aglomerações.

O Amapá está com uma avaliação de risco na cor vermelha, ou seja, risco alto, penúltimo nível, abaixo apenas do patamar “muito alto”.

Com uma taxa atual de 75% de ocupação, 0,99% de taxa de transmissão e 25% de taxa de positividade no casos, que cresceu em 10%, a previsão é que os leitos de UTI atualmente existentes possam ter a duração de 11 dias para que estejam 100% ocupados.

O sinal de alerta está ligado.

Governador ressaltou que a resposta ao vírus depende muito da postura individual das pessoas

“Nós já fizemos [lockdown] e se tiver necessidade nós não vamos pensar duas vezes, não. Iremos fazer, porque todas as medidas que nós pudermos utilizar na proteção da vida nós não podemos abrir. É o tempo apenas que você avalia, de acordo com o relatório epidemiológico, com a evolução da doença e com a resposta do engajamento da sociedade”, declarou o governador Waldez Góes (PDT).

O governador ressaltou que a resposta ao vírus depende muito da postura individual das pessoas.

“Garantir esse incremento, para que as pessoas tenham mais cuidados nos fins de semana, em que as pessoas acabam relaxando, todo mundo entrando na euforia, já cansados de todas essas medidas. Podem ver, no Brasil para cada situação que surgiu nova, quando vai buscar as informações ou foi muita liberdade em praias, clubes, campos de futebol, em bares e aí vem os problemas depois. A conta chega e a conta chega ceifando vidas”, concluiu o governador.

Waldez ainda anunciou a previsão de abertura de 50 novos leitos clínicos e de UTI para os próximos dias e a sua participação em uma reunião em Brasília (DF) para discutir, junto com outras dezenas de governadores e a União Química, a possibilidade de aquisição de vacinas que atendam a 25% da população que cada estado brasileiro.

Seles Nafes
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