Por SELES NAFES
Dos 16 municípios do Amapá, apenas um decidiu desobedecer ao decreto do governo do Estado que determinou novo lockdown em todas as cidades, a partir de ontem (25). Em Oiapoque, a 590 km de Macapá, o prefeito Breno Almeida (PRTB) disse que reconhece a gravidade da situação, mas não vai penalizar a economia do município.
Num vídeo dirigido à população, ele diz que tem buscado aconselhamento com o comitê de enfrentamento da covid-19, e lembrou que a cidade que está na ‘faixa laranja’ (risco moderado). São mais de 4,7 mil infectados e seriam apenas quatro pacientes internados, de acordo com a prefeitura até o dia 24 de março.
“Muitas pessoas precisam trabalhar e buscar o pão de cada dia. Nós não temos indústrias. Eu entendo a situação, mas não estou aqui para prejudicar ninguém. Acompanhei o decreto passado por orientação do MP”, comentou, referindo-se aos primeiros sete dias de lockdown.
No decreto de ontem, o prefeito liberou a maior parte das atividades econômicas, como o comércio, transportadoras, hotéis, locadoras de automóveis, escritórios, transporte de passageiros, feiras e agências de viagem, assim como bares sem música ao vivo e pista de dança. Eventos esportivos e aglomeração de pessoas em locais públicos continuam proibidos.
Lanchonetes, restaurantes e pizzarias poderão funcionar normalmente com atendimento ao público, mas a partir das 23h até às 2h só poderão atender por drive-thru e delivery.
“Para a gente não aderir ao lockdown preciso da ajuda de vocês com máscaras e álcool em gel. Vamos intensificar a fiscalização”, avisou o prefeito.
A Procuradoria Geral do Estado (PGE) disse que já está ciente da situação, e ficou de se pronunciar a respeito do assunto ainda nesta sexta-feira.