Policiais salvam recém-nascido que estava sufocando

Episódio de tensão e desespero ocorreu no Bairro Buritizal, zona sul de Macapá.
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

Minutos de pânico e desespero marcaram uma família da avenida Desidério Antônio Coelho, no Bairro Buritizal, zona sul de Macapá, no final da manhã deste último domingo (14). O mais novo integrante da família quase morreu, mas graças à técnica e preparo de policiais da Força Tática da Polícia Militar do Amapá história teve um final feliz.

O pequeno Bernado, de apenas 30 dias de vida, estava sob os cuidados da mãe, Gabriela Martel, de 23 anos de idade, quando, por acidente, acabou se asfixiando após golfar com o leite materno. Gabriela conta que entrou em pânico e gritou para todos dentro de casa. Foram minutos de muito desespero e apreensão.

“Eu corria com ele, comecei a gritar pra todo mundo em casa e, graças a Deus, tinha gente comigo, eu não estava sozinha. É incrível como as coisas acontecem. Na hora, a minha avó falou pro meu pai que o celular dela estava lá frente, porque a gente procurava celular pra ligar pros bombeiros e não tinha um por perto. Ele correu pra frente de casa e na hora o carro da polícia estava passando e ele gritou, começou a chamar e eles vieram”, contou a jovem e agora aliviada, mamãe.

Gabriela entregou a criança, que já estava um pouco arroxeada por falta de oxigênio, e os policiais começaram os procedimentos de salvamento.

Manobra de Heimlich

Os militares estavam em ronda e escutaram o chamado, pensando, em princípio, tratar-se de um assalto ou crime parecido. O sargento Guimarães foi o que recebeu as crianças nos braços e iniciou as manobras de salvamento básico que recebem nos treinamentos. Neste caso, a “manobra de Heimlinch em crianças”.

Como é feita a manobra de Heimlinch em crianças. Foto: Divulgação

“O avô do bebezinho acionou a viatura de longe, chamou desesperado, levantou a mão, a gente achou que fosse até roubo à residência, porque ele chamava de longe e apontava pra dentro da casa. A gente chegou lá e ele falou ‘meu neto, tá engasgado, tá sufocado, tá morrendo. Uma mulher de dentro trouxe a criança no colo, ela estava bem já roxinha, aí, eu consegui colocar a criança no braço, fazer a técnica de emergência colocando ela no braço, inclinada, com as pernas mais altas que a cabeça, fiz o procedimento de bater e massagear nas costas do bebezinho por um certo período de tempo até que ela conseguiu golfar. Acho que era leite, e, aí, conseguiu dar o choro”, relatou o sargento Guimarães.

Para a mãe e a família fica o alerta – que serve para todos – e o agradecimento aos quatro militares: sargentos Guimarães, Picanço e soldados Orlando e Carmona. Para Guimarães, que falou em nome da guarnição, fica o sentimento de satisfação e emoção pelo dever cumprido.

“Queria informar para o senhor [o avô da criança] que nossa alegria e satisfação é imensurável. Muitas das vezes acabamos indo para ocorrências das mais baixas complexidade até a mais alta, e ontem, graças a Deus, em uma ocorrência de alta complexidade, onde você está lidando literalmente com a vida de alguém, literalmente nos seus braços, que eu pude colocar a criancinha no meu braço pra fazer a manobra correta. Nossa satisfação é imensurável”, finalizou o sargento.

Seles Nafes
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