Sem leitos em Macapá, família se desespera

Paciente está com estado de saúde cada vez mais grave a espera de um leito de UTI.
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Por ANDRÉ SILVA

Há mais de 24 horas a família do motorista Fausto Costa Galúcio, de 48 anos, tenta a transferência dele para um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Macapá. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) afirmou, em coletiva de imprensa, na manhã desta quinta-feira (11), que se o número de contaminados continuar subindo, até o próximo sábado (13), o Amapá deve ficar sem leitos.

Na capital parece que a falta desse tipo de acomodação hospitalar já é realidade. A policial penal Tainá Pelaes Marques, de 33 anos, disse que o padrasto começou a apresentar os sintomas da doença no dia 1º de março.

No mesmo dia, ela o levou até a Unidade de Covid da Prefeitura de Macapá, localizado na Orla do Bairro Santa Inês, zona sul de Macapá. O resultado de teste rápido deu negativo, mas o exame de PCR – que é mais preciso – atestou o diagnóstico positivo.

Pacientes e familiares na unidade de referência do Santa Inês se aglomeram em busca de leitos. Fotos: Reprodução

Tainá Pelaes: “Não tem leito em lugar nenhum. Está tudo lotado”

“Ontem, ele começou a sentir falta de ar e tivemos que trazê-lo de ambulância. A saturação dele baixou muito e agora não consegue respirar sem oxigênio. Ele precisa de intubação, mas não tem leito. Precisa ser transferido”, lamentou a policial penal.

Para garantir um leito para o padrasto, ela foi até o Ministério Público (MP) pedir ajuda, porque a resposta que vem recebendo da PMM é a de que não há leito vago.

Família do motorista está atônita

“Não tem leito em lugar nenhum. Está tudo lotado. Quando abre vaga, a gente percebe que eles selecionam o paciente pela idade. Um senhor que estava no estado melhor que o dele foi levado”, denunciou.

O portal SelesNafes.com entrou em contato com uma enfermeira do Hospital Universitário (HU) para confirmar a informação da falta de leitos naquela unidade. Segundo a profissional, que não será identificada, todas as 4 alas de UTI estão ocupadas e “só abre vaga quando morre” algum paciente.

Demanda é cada vez maior

De acordo com a Secretaria de Comunicação do Estado (Secom), todos os leitos de UTI de hospitais privados de Macapá estão em 100% da sua capacidade e os leitos abertos recentemente também já estão ocupados.

Seles Nafes
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