Por RODRIGO ÍNDIO
Familiares de Rosineide Aragão e Mickel Pinheiro estão indignados com a revogação da prisão preventiva do motorista que causou a morte dos dois trabalhadores no dia 15 de janeiro. Dawson da Rocha Ferreira, de 39 anos, foi solto por ordem da justiça na segunda-feira (12).
O comerciante dirigia um carro de luxo BMW a mais de 180 km/h sob efeito de álcool, drogas e sem CNH [vencida desde 2017], segundo o Ministério Público. A colisão ocorreu na Avenida Padre Júlio Maria Lombaerd, no Bairro Santa Rita. A preventiva um dia depois e foi mantida para garantia da ordem pública e a segurança da sociedade.
Ontem, a juíza Simone Moraes dos Santos, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, atendeu pedido da defesa que alegou que Dawson corria risco de saúde dentro do cárcere. Os advogados Charles e Dirce Bordalo alegaram que seu cliente é asmático, hipertenso e precisa de uma alimentação específica para não agravar seu quadro de saúde, além de ter um filho autista de 6 anos.
Anderson Luiz Augustin, irmão da cozinheira Rosineide, disse que a família ficou surpresa, e que esperava que ele permanecesse na cadeia até o julgamento. Eles classificaram o sentimento atual como de indignação, revolta e injustiça.
“É um criminoso, um assassino. Ele matou minha irmã e meu amigo que estavam vindo do trabalho. Agora a gente vai passar por mais esse sofrimento, já não basta nossa perda que a gente teve dos dois. Agora a gente vai lutar para que esse cara volte para cadeia. Uma situação de desespero para nós aqui, a gente não tá aguentando isso”, disse em tom de revolta.
Os familiares acham que se Dawson tem todos os problemas alegados pela defesa, ele deveria ter sido mais responsável em vez de beber dirigir em alta velocidade.
“Até então a gente tava aliviado, quando ele tava preso, tava confortando um pouco pra nós, agora ele tá solto. A gente clama por justiça e espera que essa juíza volte atrás, que ela repense e bote essa cara atrás das grades”, acrescentou Anderson.