Condenado por homicídio, empresário é preso por violência doméstica

Ele é acusado de formar um grupo de extermínio e não estava comparecendo em processo por violência doméstica. Foto: Reprodução
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Por SELES NAFES

O empresário Francisco Nilton Farias Júnior, de 48 anos, foi preso no início da tarde desta sexta-feira (30), durante operação do Ministério Público do Estado e da Polícia Militar do Amapá. A ordem de prisão é num processo por violência doméstica, mas ele também possui condenação em um caso de homicídio famoso no início dos anos 2000.

A prisão foi solicitada pelo MP ao Juizado de Violência Doméstica de Macapá. O acusado não estaria sendo encontrado para prestar depoimento na instrução do processo movido por sua ex-companheira. Em 2017, ela denunciou o empresário de agressões supostamente sofridas quando os dois estavam viajando. 

“Acrescente-se que a prisão preventiva também é necessária para garantir a aplicação da lei penal, eis que o acusado, uma vez encontrando-se solto, prejudicará o cumprimento de provável decreto condenatório a ser prolatado em seu desfavor”, disse a promotora de justiça Alessandra Moro Valente, no pedido ajuizado no dia 28 de dezembro do ano passado.

Ao decretar a prisão preventiva, o juiz Normandes de Sousa concluiu que “o réu evadiu-se do distrito da culpa, não deixando qualquer pista quanto ao seu paradeiro, e assim está se furtando à futura execução da lei penal”. A prisão foi decretada no dia 7 de janeiro deste ano.

Nilton Júnior também responde pelo homicídio de um adolescente acusado de furtar uma bomba d’água em um de seus postos de gasolina. De acordo com as investigações, no dia 23 de dezembro de 2003, Alexandre Baia da Costa, de 17 anos, e um comparsa, teriam sido sequestrados por Nilton Júnior na cidade de Santana com a ajuda de dois policiais militares que pertenceriam a um grupo de extermínio supostamente criado por ele para matar criminosos.

Todos foram condenados por homicídio e sequestro. O empresário pegou 43 anos de prisão em regime fechado, mas aguarda recurso em última instância.

No início desta tarde, ele foi surpreendido pelos policiais militares e uma equipe do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaecco). Ele estava num posto de gasolina desativado que pertence a ele, na zona oeste de Macapá. Durante a abordagem, ele agiu com naturalidade, se identificou e foi preso.

Depois de procedimentos na Polícia Técnica, ele será encaminhado para o Instituto de Administração Penitenciária do Amapá.  

 

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