Policiais penais anunciam suspensão de escoltas para unidades de saúde

Categoria pressiona para ser vacinada contra a covid-19 como prioridade
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Por SELES NAFES

A partir da próxima terça-feira (27), os policiais penais do Amapá afirmam que não farão mais escoltas de presos para unidades de saúde enquanto não forem vacinados contra a covid-19. A decisão é do Sindicato dos Policiais Penais, que já orientou chefes de plantão e do Grupo Tático Prisional (GTP) a recusarem esse tipo de atividade. 

O Painel Covid do governo do Estado mostra que até agora 183 servidores do Iapen testaram positivo para a doença, sendo que seis foram casos de reinfecção. Não houve óbitos entre servidores, mas um detento morreu na semana passada, o primeiro da população carcerária em 13 meses de pandemia. Entre os presos, 329 já contraíram a doença. 

O presidente do sindicato, Mesquita Machado, afirma que vem buscando dialogar com a administração do Iapen no sentido de mostrar o risco que os policiais correm durante as escoltas, especialmente de detentos atendidos no HE e centros de covid. A entidade afirma que encaminhou vários ofícios ao instituto, Sead, prefeitura (que administra a vacinação) e governo relatando os riscos.

A promotoria de justiça do MP, que cuida dos assuntos de saúde pública, se posicionou pela retirada da categoria do ciclo de prioridade da vacinação. Na semana passada, o Tribunal de Justiça decidiu que as visitas de parentes serão retomadas no presídio por uma questão de saúde mental dos presos.  

“Decidimos que todos os combatentes que fazem escolta em hospitais e UBS, a partir de terça feira, se recusem a ir para estes postos de serviço até resolverem nossa vacinação. Oriento aos cheplans que não escalem nenhum servidor para esses postos de serviço ou determine missões de escolta”, diz o presidente.

Policial acompanhando preso internado no HE

Escoltas para HE e outras unidades de saúde são diárias. Foto: Sindiapen

Machado orientou ainda que, caso surjam essas ‘missões’, que os policiais acionem o Samu, Bombeiros ou Guarda Municipal.

“Estaremos resguardando nossa segurança e nossas vidas. Informo que nosso jurídico estará à disposição caso aconteça algo estranho a está orientação, mais tenho absoluta certeza que a direção do Iapen entenderá tal atitude”.

A direção do Iapen ficou de se posicionar sobre o assunto ainda hoje. 

Seles Nafes
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