Policial penal preso por homicídio tem julgamento marcado

Assassinato ocorreu durante festa no interior de Itaubal. Segundo a acusação, vítima teria sido surpreendida. Advogado alega legítima defesa
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Por OLHO DE BOTO

Foi marcado para o dia 24 de junho o julgamento do policial penal acusado de matar um promotor de vendas a tiros, em uma festa no interior do Amapá, em 2019. O policial está preso preventivamente no Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), depois de chegar a ser considerado foragido pela justiça.

O homicídio ocorreu no dia 27 de janeiro, no Distrito do Carmo do Macacoari, no município de Itaubal, cidade a 140 km de Macapá. De acordo com as investigações e com a denúncia do Ministério Público, o policial penal Glauber Trindade Gibson matou a tiros Elison Miranda Cardoso, de 26 anos, com quem tinha brigado. Os advogados alegam legítima defesa, mas o MP afirma que a vítima foi surpreendida pelo policial.

Semanas depois do assassinato, que também deixou uma jovem ferida com um tiro, o policial chegou a se apresentar para prestar depoimento, mas ficou em silêncio e passou a cumprir a prisão preventiva. Em março deste ano, o policial teve mais um pedido de liberdade negado.

Ao analisar o pedido da defesa, a juíza Mayra Brandão entendeu que o policial, que é um agente de segurança pública, disparou tiros em local público matando uma pessoa por motivo fútil, deixou outra ferida e ainda colocou em risco a vida de outros.

 “(…) O que abalou a ordem pública e denota inconsequência, periculosidade e desprezo para com a vida alheia. Isso aliado ao fato de ser, em tese, reincidente por crime praticado com violência ou grave ameaça”, comentou a magistrada ao negar a liberdade provisória. A juíza ainda acrescentou que a liberdade poderia comprometer a instrução do processo.

Elison foi morto com dois tiros. Foto: Reprodução

Em outubro de 2020, a Câmara Única do Tribunal de Justiça do Amapá rejeitou recurso da defesa contra a decisão de pronunciou o policial, tornando-o réu por homicídio qualificado e lesão corporal. Alegando legítima defesa, os advogados pediram que ele fosse processado apenas por lesão corporal no caso da jovem ferida. 

O julgamento, no próximo dia 24 de junho, será realizado pelo Tribunal do Júri. O policial cumpre a prisão preventiva no Centro de Custódia do Zerão, que é administrado pelo Iapen.

   

 

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