Professores declaram greve em Macapá contra retorno de aulas presenciais

Sobre o retorno, a preocupação com a nova cepa da covid-19 é a maior questão dos sindicalistas.
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

Os professores da rede municipal de ensino de Macapá deflagraram greve nesta terça-feira (27) tendo como principal pauta a defesa da saúde da categoria, contra o retorno às aulas presenciais decretado pelo prefeito Antônio Furlan (Cidadania).

Na segunda-feira (26), a Prefeitura Municipal de Macapá (PMM) definiu no decreto sobre o funcionamento das atividades econômicas e sociais, o retorno com ensino híbrido, ou seja, com revezamento entre os alunos que irão assistir às aulas presenciais e os que irão ficar em casa no modelo remoto.

Para a executiva municipal do Sindicato dos Servidores em Educação e Professores do Amapá (Sinsepeap), essa foi a gota d’água que fez a categoria definir por uma greve de quatro dias, inicialmente, dependendo o seu encerramento de entendimentos com a PMM e entre a própria categoria.

Iaci Ferreira, vice-presidente do Sinsepeap Macapá, contou que mesmo sem apoio tecnológico aos professores ou aos alunos, o ano letivo 2020 foi cumprido.

Sobre o retorno, a preocupação com a nova cepa da covid-19 é a maior questão dos sindicalistas.

Iaci Ramalho: “Somos contrários ao retorno de qualquer aula presencial”. Fotos: Arquivo/SN

“Agora no pico da grande onda da contaminação de covid, querem fazer as aulas presenciais. Agora é a vida do trabalhador que vai ser colocada em risco. Nós estamos chegando a 400 mil mortes no Brasil, só nos primeiros 4 meses de 2021 já alcançamos 195 mil mortes, então, com a nova variante, a contaminação e morte estão acontecendo de forma muito rápida. No Amapá, são 1.507 mortes”, alertou Iaci.

Sem vacinação

O sindicalista falou sobre a lentidão da vacinação no Brasil e no fato de que a categoria de profissionais da educação ainda não foi vacinada.

“Somos contrários ao retorno de qualquer aula presencial, nós já nos reunimos com o prefeito, com o secretário e pedimos para revogar essa convocação. Não vimos eles fazer este atendimento, não chegou nenhum ofício de atendimento de direito para nós, então, a categoria deflagrou greve nos dias 27, 28, 29 e 30, com assembleia no dia primeiro. Mantendo-se a posição da PMM, nós vamos manter greve”, finalizou o sindicalista.

Além do retorno às aulas presenciais sem vacinação, o Sinsepeap informou que há questões trabalhistas como o pagamento do piso salarial da categoria, progressões, cronograma de aposentadorias e outras pautas que estão com a PMM desde fevereiro e até agora não houve resposta.

Seles Nafes
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