Sem o tradicional ciclo, projeto faz viagem pela história do Marabaixo

Programa extensa começa nesta terça (20) e se estenderá até o dia 19 de junho
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Pelo segundo ano seguido, por conta da pandemia, não haverá o ciclo do Marabaixo, festa típica do período da Quaresma. Mas nem por isso a maior tradição cultural do Amapá ficará esquecida. A partir de hoje (20) até 19 de junho, será possível acompanhar pelas redes sociais o projeto Memória Cultural do Ciclo do Marabaixo no Barracão Tia Gertrudes.

A iniciativa, financiada pela Lei Adir Blanc do governo federal e pela Secretaria de Cultura do Estado (Secult), fará uma viagem pela história desse costume por meio de uma extensão programação que incluirá rodas de conversas, oficinas de cantoria, danças e percussão; lives de marabaixo, homenagens, exposição fotográfica e premiações.

O ponto de referência da programação será o Barracão da Tia Gertrudes, no antigo Bairro da Favela, no Centro de Macapá, e que há décadas é um dos palcos dos festejos do Ciclo do Marabaixo.

O projeto vai entregar o Prêmio Natalina Costa – Mãos Firmes de um Legado, em reconhecimento a mulheres que têm ou tiveram referências na manutenção das festividades tradicionais.

Natalina Costa era de negros que foram escravizados e filha de Gertrudes Saturnino e Raimundo Pereira da Silva. Ela nasceu no Amapá em 27 de fevereiro de 1932, e foi criada apenas pela mãe. Penou para criar os 13 filhos enfrentando o preconceito racial e de gênero. 

Natalina Costa se dedicou à manutenção do Marabaixo. Foto:  Divulgação

Além dessa luta, se dedicou à manutenção das tradições e dos ritos de origem africana e do carnaval. Ela faleceu no dia 9 de dezembro de 2017.

Para acompanhar a programação, basta acessar as redes sociais do Instituto Tarumã e da Associação Cultural Berço das Tradições Amapaense.

Seles Nafes
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