Travesti é morta a tiros

Crime ocorreu no cruzamento da Avenida Diógenes Silva com a Rua Barão de Mauá, no Bairro Buritizal, zona sul de Macapá.
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Por OLHO DE BOTO E RODRIGO ÍNDIO

Uma travesti conhecida como Marcinha Vaz ou Maquita, de 32 anos, foi assassinada a tiros na noite desta quinta-feira (8), nas proximidades de um ponto de prostituição, na zona sul de Macapá. A vítima era bastante reconhecida em segmentos culturais de dança e cênica.

O homicídio ocorreu por volta de 21h30, no cruzamento da Avenida Diógenes Silva com a Rua Barão de Mauá, no Bairro Buritizal.

De acordo com o tenente Everson, do 1º Batalhão da PM, a vítima teria sido surpreendida em via pública. Ela ainda tentou correr do atirador, que estava numa bicicleta, mas foi atingida com dois tiros nas costas e caiu na calçada de um estabelecimento comercial que estava com as portas fechadas.

“Segundo que apuramos com testemunhas. O suspeito chegou de bicicleta no local. Houve discussão. Num certo momento, ele desceu da bicicleta e sacou a arma. A vítima tentou fugir e foi atingida nas costas. Em seguida, o atirador pegou a bicicleta e fugiu”, resumiu o policial.

O socorro médico ainda foi chamado, mas Maquita morreu antes da chegada do resgate do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Polícia militar isolou…

… a cena do crime

O celular da vítima não foi encontrado na cena do crime. Contudo, a perícia achou uma pequena quantia em dinheiro.

Suspeitas

Por enquanto, a motivação para o crime e a autoria ainda são desconhecidas. Mas, testemunhas contaram à polícia que, na noite anterior, a vítima teria sido procurada, no ponto de prostituição onde frequentava, mas não foi encontrada.

Vítima foi morta com dois tiros nas costas

Lá, um homem em um carro de cor escura teria simulado um programa. Achando que era Maquita, por causa da semelhança física entre as duas, o homem atraiu uma outra travesti para dentro de seu veículo.

O engano só foi descoberto depois que o motorista fez uma chamada de vídeo. A pessoa que estava do outro lado da linha reconheceu o erro e mandou soltar a travesti, segundo contaram testemunhas. O homem, que estaria armado, então liberou a travesti e foi embora.

Maquita era dançarina de vários ritmos. Fotos: Divulgação

“Ontem já haviam procurado por ela, mas não foi encontrada. Hoje, infelizmente, o assassino voltou e a achou para executar o serviço”, comentou o tenente Everson.

A Delegacia de Homicídios esteve no local, assumiu o caso e prossegue nas investigações.

Vida artística

Maquita ainda não tinha nome social oficialmente, o processo de obtenção do documento ainda estava em trâmite. Ela ainda tinha na carteira de identidade o nome de nascimento: Max Correa Braga. Contudo, gostava de se apresentar como Marcinha Vaz, ou simplesmente Maquita.

Maquita era muito querida no meio artístico de Macapá

Era muito querida no meio artístico de Macapá, onde dançava em grupos de toada e de quadrilha junina. Também era ligada ao Carnaval, sempre próxima da agremiação Maracatu da Favela.

Na toada, viajou algumas vezes para participar de apresentações de toada na cidade de Parintins (AM). Chegou a ser eleita ‘Cunhã poranga diversidade’ do Boi de Parintins.

Ela participava de grupos de toada, quadrilha junina e carnaval

Segundo Helton Silva, amigo próximo da trans, Marcinha Vaz era extremamente vaidosa. Participava de concursos de beleza e foi eleita Musa Verão Diversidade em Macapá.

Seles Nafes
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