Por SELES NAFES
O Banco do Brasil no Amapá devolveu, nesta quinta-feira (6), o salário e o 13º salário de um procurador do Estado desviados em uma operação de portabilidade fraudulenta. O banco não informou quando fará o mesmo com outras vítimas ou se irá reforçar as medidas de segurança interna para evitar novos golpes.
O Portal SelesNafes.Com mostrou ontem (6) que o procurador e dois auditores da Receita Estadual tiveram as contas transferidas por criminosos para um banco virtual numa operação de portabilidade, sem que os três clientes soubessem. O mesmo ocorreu com outro servidor, mas a folha de pagamento já tinha sido fechada e o dinheiro não foi transferido para o banco errado.
No caso do procurador, ele procurou o Banco do Brasil várias vezes e a instituição prometeu fazer o ressarcimento até ontem (5), o que não ocorreu. Ele também prestou depoimento na polícia e preparava uma ação judicial.
O banco não se posicionou ontem ao ser procurado pela reportagem do portal, mas nesta quinta-feira a assessoria de imprensa enviou comunicado informando que está colaborando com as investigações e fornecendo informações sobre procedimentos bancários.
“O BB informa que acolhe todas as reclamações de movimentações financeiras não reconhecidas por seus clientes. O Banco abriu processo de contestação para esse caso. A análise da equipe técnica decidiu pelo ressarcimento ao cliente – que já foi providenciado nesta quinta-feira (6)”, informou o banco.
O BB só não explicou como alguém consegue fazer a portabilidade de uma conta que não é sua sem a anuência do banco. No caso do procurador, foi apurado que o pedido de portabilidade foi realizado por volta das 17h do dia 19 de abril, no caixa eletrônico de uma das agências.
O caso continua sendo investigado pela 6ª Delegacia de Polícia da Capital.