Em meio à pandemia de covid, Amapá vive surto de sarampo e preocupação de influenza

Superintendente de Vigilância em Saúde do Amapá Dorinaldo Malafaia alertou que a população não está aderindo à vacinação do sarampo e influenza como deveria.
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

No contexto da pandemia de covid-19, Dorinaldo Malafaia, superintendente da Vigilância em Saúde do Amapá (SVS-AP), alerta também para o período de maior frequência de casos de influenza na Amazônia e também sobre o surto de sarampo no Amapá.

Nas últimas semanas o Amapá teve todos os índices relacionados à covid-19 recuando, após meses de um período de enfrentamento mais difícil, com muitos óbitos diários e o quase colapso do sistema de saúde. Com o sarampo, a própria SVS divulgou esta semana números preocupantes.

De dois casos importados em 2019, o Estado saltou para 297 em 2020 e para preocupantes 320 casos confirmados até maio de 2021.

Para o gestor, o engajamento da população buscando as unidades de saúde municipais de cada cidade do Estado, que estão abastecidas com vacinas de sarampo e com vacinas contra o vírus influenza, é fundamental.

“Nós temos uma confluência de três agravos. O primeiro deles é que estamos em um período endêmico e temos a influenza, gripe comum, circulando, e nós temos a vacinação permanente contra a influenza. Nós temos um surto de sarampo no meio de uma pandemia. A gente precisa sobretudo sempre do engajamento da população, que a população busque as unidades básicas de saúde e que consiga vacinar suas crianças principalmente”, declarou Malafaia.

Vacinas contra Influenza estão disponíveis nas UBS

Com os sintomas parecidos nas fases iniciais das três doenças, Malafaia informou que os municípios devem, além de reforçarem suas campanhas de vacinação, abrindo as salas de vacinação o maior tempo possível, com conscientização, notificarem em até 72 horas quando um caso de sarampo for detectado, para que se possa fazer o que chamou de “quebra da cadeia de contágio”, o que inclui todos os comunicantes que a pessoa teve contato mais recente desde seu diagnóstico.

“Só com vacinação, planejamento entre os gestores e cooperação da população, é que é possível avançar sobre as três doenças juntas”, concluiu o gestor.

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