Lutadores amapaenses vencem no RJ e irão para o México

Os atletas são todos do projeto “Nocauteando as drogas e finalizando a violência”, que desde 2013 já atendeu mais de 700 crianças e jovens com lições no esporte e na educação no Amapá.
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

Três atletas da delegação amapaense que disputaram a seletiva nacional de wrestiling, a luta olímpica, venceram em suas categorias e agora irão participar do Pan Americano de luta olímpica em junho, que será realizado no México.

A competição ocorreu no dia 1º de maio, na cidade Rio Bonito, no Estado do Rio de Janeiro. Dos 13 amapaenses que disputaram, três foram vencedores e estão classificados para o Pan de junho.

Os atletas são todos do projeto “Nocauteando as drogas e finalizando a violência”, que desde 2013 já atendeu mais de 700 crianças e jovens, com lições no esporte, na educação e preparando cidadãos.

Os atletas ligados à iniciativa já conseguiram posições importantes com medalhas de ouro em jogos escolares nacionais, com a assinatura do contrato de uma atleta com uma das maiores empresas de MMA feminino do mundo e, agora, conquistam o seu maior feito, com três vencedores que foram classificados para o Pan.

Com os resultados, o Amapá passou a ser o quarto estado brasileiro com mais representantes na seleção brasileira de wrestling.

Atletas se classificaram…

… para o Pan Americano do mês que vem

“Até que não foi difícil. O cara era maior que eu, mais alto, mas ele era mais magro e acho que ele estava nervoso na hora e eu treinei bastante, treino a dois anos. Agora vou pro México”, contou Marcos Vinícius Alencar Martins, de 15 anos de idade.

O técnico e idealizador do projeto, o capitão da Polícia Militar do Estado do Amapá Wanderson Pantoja, o “Panda”, explicou que o atleta achou a luta fácil porque ele a fez ser fácil. Disse que o garoto foi a revelação, pois treina há apenas dois anos e sua principal característica é a técnica.

“Ele parece ter nascido para isso”, resumiu Panda.

Panda: “não adianta ser apenas bom no tatame, o cara tem que ser bom em tudo o que ele vai fazer. Tem que ser bom na vida, ele tem que ser um campeão na escola, ele tem que respeitar pai e mãe”

Desde 2013, projeto já atendeu mais de 700 crianças e jovens

Os outros dois amapaenses agora integrantes da seleção brasileira são João Pedro Amorim de Moura, de 14 anos e João Batista da Silva Neto, de 16 anos.

Para o capitão Wanderson, o segredo do sucesso está na disciplina e nas diretrizes do projeto, que tenta formar campeões no esporte, nos estudos e, também, transformá-los em bons seres humanos.

“Como eu falo pra eles: não adianta ser apenas bom no tatame, o cara tem que ser bom em tudo o que ele vai fazer. Tem que ser bom na vida, ele tem que ser um campeão na escola, ele tem que respeitar pai e mãe. Me perguntam: ‘o que precisa para o menino participar do projeto’. Só precisa que ele passe no batalhão ou aqui, faça a inscrição dele, tenha vontade de ser campeão e depois que entra aqui tem que seguir o padrão, se dedicar aos treinos, não pode faltar, tem que estar bem na escola e lá na frente teremos, se não um grande atleta, um grande homem e uma grande mulher”, finalizou Panda.

Nocauteando as drogas e finalizando a violência. Fotos: Marco Antônio P. Costa/SN e Divulgação

As inscrições no projeto podem ser feitas no 2º Batalhão da PM, na zona norte de Macapá, ou na casa do pai de Panda, no Bairro Infraero, onde também funciona a academia de treinos.

Seles Nafes
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