Por SELES NAFES
Representantes da Comissão de Direitos Humanos da OAB do Amapá vão se deslocar na madrugada desta terça-feira (17) até o município de Calçoene, cidade a 370 km de Macapá. O objetivo é saber de perto como estão as buscas pelos dois meninos desaparecidos há quase 40 dias, e checar a situação das famílias deles.
De acordo com a presidente da comissão, Marcilene Rocha, as famílias de Renato Siqueira, de 13 anos, e Fabrício Oliveira, de 14 anos, estão realizando as buscas com recursos próprios, e entraram em situação econômica complicada.
Os meninos desapareceram no dia 8 de abril, e 22 dias depois do Corpo de Bombeiros deu por encerradas as buscas. As famílias, com a ajuda de mateiros da região, continuaram os trabalhos até que novas pistas foram encontradas e o Corpo de Bombeiros reativou as buscas por duas vezes. A última delas foi na semana passada com um pequeno contingente de sete militares, sendo apenas cinco dentro da floresta.
“Fomos procurados por moradores da localidade e estamos indo ver qual é a situação das famílias. A informação que chegou à comissão é que elas estão desassistidas, e mesmo assim estão arcando com as despesas”, explica a presidente.
“No início, as buscas tiveram um apoio maior. No Rio de Janeiro existem 3 crianças desaparecidas e elas continuam sendo procuradas. Não acho razoável que suspendem (em Calçoene) enquanto não houver uma resposta para as famílias”, completou.
No retorno a Macapá, na próxima quarta-feira (19), a comissão deve reunir com o comando do Corpo de Bombeiros e fazer um relatório para a Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB.