A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta (27) a operação Contrapartida, com o objetivo de apurar a conduta de um servidor público Receita Federal, em Macapá.
A investigação descobriu um esquema criminoso entre um contador e o servidor da Receita Federal, que possibilitava o acesso privilegiado a informações restritas do órgão.
A suposta influência dentro da instituição era utilizada pelo contador para beneficiar seus clientes. Já o agente público, por sua vez, recebia vantagens indevidas a cada novo “negócio” angariado pelo contador.
Cerca de dez policiais federais deram cumprimento a dois mandados de busca e apreensão na capital amapaense: um na residência do investigado e o outro na sede da Receita Federal.
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Em uma gaveta no banheiro do investigado foram encontrados mais de R$ 3 mil. (Foto: Divulgação/PF)
Durante as buscas os policiais federais apreenderam o valor de R$ 3.750,00 que estavam escondidos em uma bolsa, dentro de uma gaveta do banheiro da residência do investigado.
Até o momento, o trabalho policial resultou no afastamento cautelar do servidor das funções, decretado pela Justiça Federal. A PF ainda busca reunir mais elementos para saber se outras pessoas estão envolvidas no esquema. Os crimes investigados são os de corrupção ativa e passiva, com penas que podem chegar a 12 anos de reclusão.
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Outra operação da PF, de 2020, apontou os indícios do esquema. (Foto: Divulgação/PF)
Operação Ágora
A ação de hoje é resultado da Operação Ágora, que a PF deflagrou em 2020 no município de Oiapoque. As investigações apontaram fraudes na reforma da praça daquela cidade.