Por SELES NAFES
O ex-prefeito de Macapá, Clécio Luís (sem partido), disse nesta quarta-feira (26) que a possível convocação dele para prestar depoimento como testemunha na CPI da Covid, no Senado Federal, será uma boa oportunidade para mostra o que foi feito para combater a doença na capital do Amapá, em 2020.
A condição de pandemia de covid-19 foi declarada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em fevereiro de 2020, último ano de Clécio como prefeito. Em março, quando o primeiro paciente foi registrado e logo milhares de casos surgiram nos meses seguintes, a prefeitura reorganizou sua rede de UBSs e destinou algumas delas para atendimento exclusivo de pacientes com a doença ou suspeitos de infecção. Também houve ampla distribuição de medicamentos de protocolo.
Essas medidas, além da ampla testagem e isolamento dos doentes, assim como as restrições de circulação de pessoas deram certo. Em julho, houve o primeiro lockdown e rodízio de placas. O contágio despencou e as atividades econômicas foram sendo liberadas aos poucos.
No início de 2021, no entanto, a situação se inverteu e a ocupação de leitos chegou a quase 100% na capital, obrigando estado e a prefeitura a decretarem novo lockdown.
No dia 8 de julho de 2020, durante operação para investigar a venda de insumos para a rede pública, a Polícia Federal chegou a cumprir mandado de busca na Secretaria Municipal de Saúde (Semsa). Não houve indiciamentos na cúpula da gestão da época.
“Vai ser muito bom para mostrar o que foi feito aqui. O problema é que essa polarização política em torno da pandemia está sendo muito ruim. Tem gente que defende a vacina, outros a cloroquina, mas temos que lembrar que essas vacinas foram desenvolvidas de forma emergencial. Uma segunda geração de vacinas será ainda mais eficaz”, avaliou ele.
Nesta quarta-feira (26), a CPI está decidindo que governadores, prefeitos e ex-prefeitos serão convocados para prestar depoimento.