2 meses desaparecidos: Bombeiros voltam a anunciar suspensão de buscas por meninos

Capitão Izídio informou que esta foi a busca mais longa da história dos bombeiros do Amapá
Compartilhamentos

Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

A história que comoveu o Amapá, do desaparecimento dos garotos Renato Siqueira, de 13 anos, e de Fabrício Oliveira, de 14 anos, em Calçoene, no norte do Amapá, segue sem resolução. Hoje, quando o drama completa dois meses, o Corpo de Bombeiros do Amapá voltou a anunciar a suspensão das buscas.

O desaparecimento de Renato e Fabrício ocorreu no dia 8 de abril quando, supostamente, teriam adentrado a selva amazônica para extrair açaí, bem atividade corriqueira no interior do Amapá. As buscas chegaram a contar com policiais militares, guardas florestais e Exército Brasileiro, além do Grupo Tático Aéreo (GTA).

Os bombeiros já tinham feito a suspensão das buscas duas outras vezes, mas, motivados por supostas novas pistas encontradas por mateiros e populares que continuaram as buscas por conta própria, acabaram retornando ao local.

O capitão bombeiro Izídio Júnior informou que nas últimas semanas foram enviadas cinco equipes, com variação entre cinco e oito militares por cada vez, mas todas as supostas provas, caminhos, cortes, galhos quebrados e pegadas, foram descartados como sendo dos garotos e, por isso, as buscas foram encerradas.

Renato e Fabrício desapareceram no dia 8 de abril

“As buscas foram encerradas porque todas as pistas que os familiares nos apresentaram na época, desde o dia 15, seguimos todas as pistas, qualquer rastro, qualquer corte que existia na floresta, investigamos, rastreamos, procuramos, mas infelizmente nada foi encontrado e não existe nada que comprove que essas pistas eram realmente das crianças, então infelizmente o bombeiro retornou hoje e tá encerrando as buscas”, declarou o capitão.

Folhagem quebrada…

Cabana de folhas…nenhuma pista foi confirmada como sendo dos meninos

Família dos meninos continua buscas no local. Foto: Arquivo SN

O capitão fez questão de ressaltar que esta foi a mais longa busca já realizada no Amapá, e que o normal é que pessoas desaparecidas sejam encontradas após no máximo oito dias.

O militar afirmou que os familiares, apesar de, obviamente, não ficarem contentes com a suspensão, compreenderam que a falta de indícios concretos e o tempo das buscas justifica a decisão.

Além disso, caso novas pistas relevantes apareçam, a retomada de buscas oficiais por parte das autoridades não está descartada.

Seles Nafes
Compartilhamentos
Insira suas palavras de pesquisa e pressione Enter.
error: Conteúdo Protegido!!