Baderna, urina, lixo: moradores da orla da Cidade Nova pedem paz

Portas das casas dos vizinhos do Complexo do Jandiá viraram banheiro dos frequentadores do local, a maioria jovens alcoolizados
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

Desde que o Complexo Turístico Parque do Jandiá, no Bairro Cidade Nova, zona leste de Macapá, foi inaugurado, no fim do ano passado, a vizinhança não têm mais sossego e nem paz.

Mesmo durante a pandemia de covid-19, com o rigor dos decretos que proíbem aglomerações e até com fiscalização toda semana, a situação se repete. Geralmente, a bagunça acontece entre as quartas-feiras e os domingos.

A aglomeração reúne centenas de jovens, carros com som alto estacionam, ambulantes de variados produtos até bloqueiam a entrada das casas e, após tudo isso, no dia seguinte sobra lixo nas calçadas e na rua, além do odor de urina nos muros e portões.

Os moradores estão tentando de tudo: com as autoridades governamentais, com a Polícia Militar e, agora acabaram de fazer uma coleta e colocaram placas de trânsito que dizem ser proibido estacionar veículos entre 23h e 6h e também som automotivo.

O refletor da quadra de grama sintética não está funcionando, o que facilita o uso de drogas. Mesmo assim, quando jogam bola e pelo fato de os alambrados atrás das traves serem pequenos, a bola bate nos portões das casas. Houve um caso de uma pessoa pular o muro de uma casa para pegar uma bola, o que gera medo e insegurança dos moradores.

Todos acham a nova área muito bonita, mas quando colocam na balança o sossego que tinham anteriormente e os tormentos de agora, dizem preferir como era antes.

Sujeira para todos os lados. Fotos: Marco Antônio P. Costa

Kananda as vezes só consegue dormir às 6h

Com filho pequeno em casa, a cabeleireira Kananda Lorena, de 25 anos, diz que às vezes consegue dormir apenas às seis da manhã. Além disso, os moradores reclamam não ter a imediata ação da polícia quando denunciam a perturbação do sossego.

“A gente liga, tem o grupo dos moradores, e a gente liga 20 vezes e depois não nos atendem mais. Se eles vêm dez da noite, quando dá uma hora da manhã tá lotado de gente aqui, porque eles sabem que não passa fiscalização aqui. Já aconteceu várias vezes do meu marido sair de madrugada para ir no batalhão da polícia para eles virem aqui, aí eles vêm”, relatou Kananda.

A comunicação da Polícia Militar do Estado do Amapá declarou ao Portal SelesNafes.Com que:

“(…) Que a fiscalização de pontos de aglomeração é realizada diariamente através da ‘Operação Covid’. As denúncias podem ser feitas diretamente através do 190”, informou o tenente Josiagab Oliveira.

Seles Nafes
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