Barulho, carrapatos, pulgas e ratos em canil irregular tiram sossego de vizinhança

Local fica no Centro de Macapá, na Avenida Raimundo Álvares da Costa entre as Ruas Leopoldo Machado e Hamilton Silva.
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

Moradores do Centro de Macapá, da Avenida Raimundo Álvares da Costa entre as Ruas Leopoldo Machado e Hamilton Silva, não aguentam mais anos de uma convivência perturbadora com um canil irregular feito em um terreno inabitado.

A reportagem do Portal SelesNafes.com esteve na tarde desta terça-feira (15) na residência do publicitário Alberto Pacheco, o “Pachequinho”, que mora exatamente ao lado do canil improvisado, e durante todo o tempo os cães não pararam de latir. Inclusive, a reportagem teve de ser gravada do outro lado da casa, dado o barulho promovido pelos cães.

Tão ruim ou pior que isso é o mau cheiro: uma mistura de fezes dos animais com carniça, que toma conta do quintal, área lateral e frontal da casa do jovem publicitário e sua família. Ainda assim, Pachequinho garante que o odor desta tarde estava mais ameno, talvez fruto de uma limpeza que foi feita durante a manhã.

Com diversos registros de reclamação em suas redes sociais, o publicitário vem há algum tempo gravando alguns dos males que ele e outros vizinhos sofrem.

No vídeo a seguir, é possível ver os cães, ouvir o baralho que causam, os carrapatos dentro da casa do publicitário, uma grande quantidade de pombos que o canil atrai e até um rato foi flagrado. Assista:

História

Alberto Pacheco contou que o problema se arrasta há sete anos e que o terreno pertence a um empresário macapaense, que cedeu o espaço para uma senhora não identificada cuidar de cães abandonados.

Por lá, em épocas passadas de campanhas eleitorais, contou Pachequinho, um político que tem a bandeira da causa animal em suas plataformas, fez do local um “QG” de campanha e chegou a prometer resolução para o problema – o que está longe de ocorrer.

Terreno pertenceria a um empresário macapaense, que cedeu o espaço para uma senhora não identificada cuidar de cães abandonados

Pachequinho: “A gente pede a retirada imediata, porque estamos falando de sete anos, não de dias, nem de meses, não tem mais diálogo”. Fotos: Marco Antônio P. Costa/SN

De três cães iniciais, os vizinhos não fazem ideia de quantos animais há hoje no local. Também dizem estar encerrada qualquer possibilidade de acordo ou algo do tipo, sendo a única solução o fim do canil ilegal no centro da cidade.

A vizinhança, esclarece Alberto, nada tem contra os animais e, ao contrário, denunciam que no afã de fazer o bem, acaba que os responsáveis pelo canil não dão o tratamento adequado. Ademais, a coletividade da convivência em sociedade, a boa noção de como se portar com a vizinhança, passa longe do exemplo deste trecho da Raimundo Àlvares da Costa, causando problemas.

Há um processo na Justiça do Amapá sobre o caso. Porém, a audiência está marcada para o mês de agosto.

Vizinhos não aguentam mais convivência perturbadora com canil irregular em terreno inabitado

“A gente pede a retirada imediata, porque estamos falando de sete anos, não de dias, nem de meses, não tem mais diálogo. A gente sabe que esses cães precisam de uma acústica, de uma estrutura. Estamos no centro da cidade, acredito que a senhora não tem recursos, porque já se passaram muitos anos, a gente não quer a condenação dela, ela pode ter boa fé, mas não dá mais. Eu estou tendo problemas psiquiátricos, não estou bem, não durmo direito, tenho problemas de ansiedade. Essa situação é absurda”, desabafou Pachequinho.

O morador solicita, ainda, que autoridades e órgãos competentes façam vistoria e fiscalização, que irão comprovar a denúncia.

Seles Nafes
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