Relatório da Unidade de Controle de Zoonoses da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) aponta aumento de 72,7% nos casos de Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) em todo o estado, nos quatro primeiros meses do ano.
O comparativo de casos confirmados é para o mesmo período dos anos de 2021 e 2020. Segundo o estudo, de janeiro a abril deste ano foram registrados 361 casos, enquanto que no mesmo período do ano passado foram 209 pessoas confirmadas com a doença.
Os municípios de Oiapoque, Laranjal do Jari, Calçoene, Pedra Branca do Amapari, Tartarugalzinho e Serra do Navio, apresentaram 90% dos novos casos registrados e os outros 10 municípios somados representam os 10% restantes.
O destaque negativo ficou para Oiapoque, com 107 casos, e em contraste, Itaubal do Piririm, que até o término do relatório não registrou nenhum caso.
A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA), conhecida como “úlcera de bauru” ou “ferida brava”, é uma doença infecciosa não contagiosa, causada por protozoários do gênero leishmania, transmitida de forma vetorial pelo mosquito palha.
A SVS acredita que uma das possibilidades do cenário que levou a este aumento está relacionada à suspensão do controle vetorial no estado em decorrência da pandemia da covid-19.

SVS está capacitando técnicos para diagnóstico da doença
O órgão ressaltou que não há ações de controle específico para o vetor da LTA no Amapá, mas a contenção dos mosquitos anófeles e aedes aegypti, vetores da malária e da dengue, ajudam a controlar a população de flebótomo.
Capacitação
A SVS está capacitando técnicos dos municípios de Macapá e Santana em diagnóstico laboratorial da LTA no Lacen. Isto vai descentralizar as ações de diagnóstico e tratamento, dando celeridade no atendimento aos pacientes até a cura.
Foto: SVS