Destaques na tropa: PM celebra 32 anos de inclusão das mulheres na corporação

Foram convidadas representantes dos 14 batalhões para a solenidade. (Foto: Rodrigo Índio)
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Por RODRIGO ÍNDIO

Em 1° de junho de 2021 a Polícia Militar do Amapá comemora 32 anos de inclusão da mulher policial nas diversas funções da corporação. Para levar a reflexão sobre o espaço que ocupam na sociedade e a importância dessas profissionais, um evento com homenagens individuais aconteceu no Comando Geral.

Foram convidadas representantes dos 14 batalhões, das diretorias, dos gabinetes militares e escolas militares para serem condecoradas com certificado de destaque, flores e bíblias. E na fala da porta-voz das homenageadas ela enfatizou: “Não pergunte se sou capaz, dei-me a missão”, referindo-se a cada mulher da PM.

A frase foi dita pela coronel Elza Resende, que há exatos 25 anos faz parte do quadro de oficiais de saúde da corporação como médica. Atuando diretamente nos desafios impostos pela pandemia no último ano, ela falou também do sentimento e dos desafios de integrar a corporação.

Elza destaca o poder das mulheres em cuidar dos afazeres pessoais e de trabalho. (Foto: Rodrigo Índio)

“Fazer parte desse grupo de policiais femininas para mim é motivo de conquista, de vitória, porque a gente está sempre aí na luta ocupando nossos espaços dizendo que estamos aqui e somos capazes de qualquer atividade em todos os setores, pois nada nos afeta, nada nos abala. Claro, ainda é preciso quebrar paradigmas. Já melhorou muito, mas ainda temos que matar um leão a cada dia na nossa casa, no trabalho e em todos os lugares”, disse.

Atualmente a PM do Amapá conta com 827 policiais femininos. O que representa 25% do total da tropa. Uma delas é a sargento Marileide Natividade, que está há 19 anos no quadro efetivo e atua em diversos locais na região do Vale do Jari, no extremo sul do estado.

Marileide atua no extremo sul do estado, no 11º batalhão da PM. (Foto: Rodrigo Índio)

“Venho representar o nosso 11° batalhão, que atua grandemente em Laranjal, Vitória do Jari, no distrito de Jarilândia, em uma missão incansável alçando êxito. Estou eu aqui muito honrada em representar as oficiais do meu batalhão. Parabenizo o comando geral pela iniciativa e pelo reconhecimento”, falou.

Para o comandante da PM, coronel Paulo Matias, o momento é de orgulho por mostrar a competência e garra das policiais.

“Hoje estão de igual para igual ou até melhores que homens em cursos genuinamente masculinos. Na verdade, são destaques em todos os setores. Me orgulha muito esse profissionalismo e vontade de fazer o melhor para bem servir”, destacou.

Para o comandante da PM, muitas vezes as mulheres se sobressaem aos homens em missões e atividades. (Foto: Rodrigo Índio)

História

1° de junho, dia da policial feminina da PM/AP: o concurso de soldados da PM, especificamente para mulheres, aconteceu no ano de 1989. Inscreveram-se mais de 700 candidatas, e das aprovadas, 90 foram chamadas para fazer o curso de formação.

 

Atualmente a PM do Amapá conta com 827 policiais femininos. (Foto: Rodrigo Índio)

Em 1992 iniciou a seleção para o quadro de oficial feminino, realizado no Rio de Janeiro, para o qual existia apenas uma vaga, que foi conquistada pela Soldado Palmira da Neves Bittencourt, que hoje encontra-se na reserva remunerada como coronel PM.

Seles Nafes
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