Mãe identifica jovem decapitado: “andava assustado”

Kildson Rodrigues, de 24 anos, tinha se mudado de Laranjal do Jari para morar com a mãe há pouco tempo
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Por OLHO DE BOTO

A Polícia Civil do Amapá confirmou, nesta terça-feira (8), que o corpo encontrado decapitado, no ramal do Curiaú Mirim, na zona rural de Macapá, é de um jovem de 24 anos que tinha desaparecido na noite anterior. Ele foi reconhecido pela mãe, com quem estava morando havia pouco tempo.

O corpo de Kildson Carvalho Rodrigues foi encontrado por moradores na beira do ramal com os pés e mãos amarrados, no último dia 4. A perícia constatou, ainda no local, que a vítima foi morta a tiros e só depois foi decapitada.

A Delegacia de Homicídios (Decipe) apurou que o jovem havia chegado recentemente do município de Laranjal do Jari, município a 268 km de Macapá, para ajudar a mãe em uma lanchonete no Bairro São Lázaro, na zona norte.

A mãe relatou à polícia que percebeu que o filho andava assustado, e que já não parava mais na lanchonete. Disse ainda que, na noite anterior ao homicídio, ele foi até a lanchonete, jantou com ela e se despediu dizendo que iria para casa.

Já no fim da noite, quando a mãe da vítima chegou em casa para dormir, encontrou a porta da residência aberta. Kildson não estava.

Mãe disse que Kildson evitava ficar na lanchonete a noite. Foto: Reprodução

Jovem foi morto com as mesmas roupas que usava na noite anterior, quando desapareceu de casa. Foto: Olho de Boto

Roupas e medo

A motivação e os autores do crime ainda são desconhecidos. A mãe informou à polícia que o corpo do filho estava com as mesmas roupas que ele usava na noite em que ele apareceu na lanchonete, o que demonstra que ele pode ter sido sequestrado assim que retornou para casa.

“A mãe disse que ele era muito fechado e que estava evitando ficar a noite pela lanchonete. (…) Estamos levantando a vida pregressa dele no Jari, se cometeu algum crime ou sofreu alguma ameaça que tenha motivado a vinda dele para morar em Macapá. Acredito que essa é a linha para chegarmos aos assassinos”, explicou o delegado César Ávila.

Delegado César Ávila: homicídio pode ter relação com vinda do Jari

O delegado também avaliou a maneira com o jovem foi encontrado.

“Foi um crime bem cruel, tendo em vista que ele já tinha sido baleado. Não havia necessidade de cortar a cabeça dele. Quem fez isso tem um grau elevado de crueldade e uma raiva maior da vítima. Já vimos alguns crimes cometidos por facções que, para mostrar essa raiva e mais violência, eles mandaram retirar a cabeça da vítima”, comentou.

Seles Nafes
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