Perigo: Clandestinamente, barcos de passageiros usam trapiche inacabado

Sem supervisão da Marinha, barcos recebem passageiros e cargas
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Por SELES NAFES

A cena pode ser vista todos os dias, sempre na maré alta do Rio Amazonas, na orla do Bairro Santa Inês, em Macapá. Barcos de passageiros embarcam ou desembarcam atracados no trapiche turístico do bairro, que está com as obras paralisadas há mais de 10 anos. A operação ocorre sem qualquer supervisão da Marinha ou outro órgão competente.

Os barcos de passageiros, na maioria, têm como destino municípios paraenses do Arquipélago do Marajó, como Afuá, Breves e Chaves, o chamado ‘ABC Marajoara’. Alguns saem lotados, com mais de 200 passageiros e toneladas de cargas.

Há uma semana, o Portal SelesNafes.Com procurou a Capitania dos Portos para saber se o trapiche inacabado foi homologado como local de operação para embarcações de passageiros, mas não houve resposta. Além da falta de fiscalização, o trapiche é eletrificado de forma improvisada, o que oferece riscos aos passageiros.

O trapiche começou a ser construído no governo Camilo Capiberibe (PSB), mas a empresa contratada foi alvo de uma operação da Polícia Federal. A construção permaneceu paralisada durante os dois mandatos do governo Waldez Góes (PDT). O único avanço foi o distrato da obra, que ainda não tem previsão de ser retomada por falta de recursos.

Barcos têm como destino municípios paraenses. Fotos: Seles Nafes

Trapiche possui instalações elétricas improvisadas e opera sem supervisão

O projeto original previa a construção de um trapiche com áreas de contemplação, setor comercial e píer de atracação.

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