Saneamento: leilão vai gerar investimento de R$ 3 bi e 90 mil empregos no Amapá

Encontro ocorrido no Palácio do Setentrião, em Macapá, validou processo junto ao BNDES e futuro êxito no leilão.
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Por RODRIGO ÍNDIO

O Amapá publicou edital para concessão dos serviços de água e esgoto para áreas urbanas da capital, municípios e distritos, com investimentos estimados em R$ 3 bilhões no período de uma década e com primeiros resultados previstos para daqui a 4 anos. Este será o primeiro leilão de saneamento da região Norte.

O anúncio foi feito durante encontro técnico que reuniu o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, o senador Davi Alcolumbre (DEM), o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, o governador Waldez Góes (PDT), membros da bancada federal amapaense e os 16 prefeitos do estado.

A reunião que tratou sobre o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do saneamento aconteceu nesta terça-feira (29), no Palácio do Setentrião. O ministro Rogério Marinho destacou que sua vinda serve para dialogar e buscar soluções para a maior tragédia ambiental brasileira, que é a falta de tratamento de esgotos para metade da população do país, e que no Amapá, não é diferente.

“Em função do novo Marco do Saneamento, que foi votado no ano passado no Congresso Nacional, na época presidido por Davi, que contribuiu muito para que isso ocorresse, nós criamos as condições adequadas para formatar este projeto que será oferecido agora no mês de setembro a iniciativa privada e que vai permitir que o estado do Amapá nos próximos 12 anos, consiga universalização do tratamento da água e do esgoto. Estamos falando de um investimento mais R$ 3 bilhões e mais 90 mil empregos gerados”, disse.

Edital foi anunciado nesta terça-feira. Fotos: Rodrigo Índio/SN

Além disso, Marinho destacou que o projeto prevê diminuição da pressão sobre a saúde pública e da mortalidade infantil, melhoria da qualidade de vida, no aumento de proficiência de quem trabalha e da condição de quem estuda em um pacto civilizatório. O encontro foi para validar e consolidar esse processo junto ao BNDES para se ter êxito no leilão.

A expectativa é que após o leilão [que acontece no início de setembro] e a tratativa burocrática, os investimentos iniciem no início do ano subsequente e o prazo é de 10 a 12 anos para a conclusão total das obras.

Para Davi, a universalização da água e o esgoto do Brasil é um marco após condução do processo que estava parado há 10 anos no senado

Para Davi, a universalização da água e o esgoto do Brasil é um marco após condução do processo que estava parado há 10 anos no senado e que só foi possível em sua gestão. O senador afirma que o Amapá sai na frente com um projeto piloto que foi pensado pelo governo do Estado.

“A partir do marco legal do saneamento, de uma legislação específica, se deu garantias para que o setor privado pudesse fazer esses investimentos. Quando você fala em investimento de R$ 3 bilhões aos longos dos anos, você fala do entorno de uma cadeia produtiva de geração de empregos e renda, de fortalecimento de serviços numa monta de R$ 20 bilhões em 10 anos (…) então é uma virada de página geracional o que a gente está promovendo no Amapá”, destacou Alcolumbre.

Waldez: “Estamos estruturando uma empresa a partir da Caesa para fazer inclusão digital, distribuição de energia e água tratada “

Montezano falou ser um dia de comemoração, aprendizado e trabalho. No Amapá, ele tratou sobre o leilão da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), que está gerando R$ 4 bilhões em investimentos e redução de dividas no estado; o lançamento do edital de saneamento, onde o leilão irá gerar mais R$ 3 bilhões para o Amapá; o plano rodoviário federal no total de quase R$ 1,5 bilhão e a restauração da Fortaleza de São José de Macapá.

“É um conjunto de investimentos que somados passam de 50% do PIB do estado. Certamente vai ser uma transformação nunca antes vista aqui no Amapá”, detalhou.

Waldez Góes elogiou a união de esforços dos poderes para melhorar não só a questão do saneamento, mas também de outros setores. Foi pactuado no encontro tratar a agenda do resíduo sólido, macrodrenagem e serviços ambientais, que será a próxima formulação.

A expectativa é que após o leilão [que acontece no início de setembro] e a tratativa burocrática, os investimentos iniciem no início do ano subsequente

“Estamos estruturando uma empresa a partir da Caesa para fazer inclusão digital, distribuição de energia e água tratada nas comunidades que ficam fora da cobertura das concessionárias tanto na área de comunicação, energia e saneamento. Isso demonstra que a gente não está deixando ninguém pra trás”, assegurou o governador.

À tarde, a comitiva seguiu para o município de Santana, para o anúncio de investimentos em quatro obras de pavimentação no município articuladas por Davi.

Seles Nafes
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