Agricultores receberão R$ 8,5 milhões para diversificar produção de alimentos

A agricultora Raimunda Santos de Araújo foi até o Palácio do Setentrião, em Macapá, onde o anúncio do fomento foi feito pelo governo do Amapá.
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Por RODRIGO ÍNDIO

A agricultora Raimunda Santos de Araújo, a dona Raimundinha, de 58 anos, trabalha desde a infância com a produção de laranja, banana, coco, açaí, maracujá e outros produtos do campo na região da colônia agrícola do Matapi, no município de Porto Grande, cidade a 102 km de Macapá. Nesta terça-feira (6) ela recebeu uma notícia que vai ajudar a fomentar o seu negócio.

Junto com outros produtores rurais, Raimundinha, participou do lançamento do Programa de Produção Integrada de Alimentos (PPI) que vai garantir, inicialmente, um investimento de R$ 8,5 milhões e beneficiar cerca de 1.120 produtores. O anúncio foi feito pelo governo do Amapá, nesta terça-feira (6), no Palácio do Setentrião, em Macapá.

“É uma honra sermos incluídos para melhoria da nossa agricultura que é o que nos mantém. Será muito bom levar essa informação para os outros 304 agricultores que compõem nossa associação. Vai ajudar muito e melhorar nossa vida para trazer produto de qualidade para todos”, disse Raimundinha.

De acordo com o governador Waldez Góes, para promover o desenvolvimento econômico e social deste setor, ele criou, em 11 de dezembro de 1992, quando ainda era deputado, o Fundo de Desenvolvimento Rural do Estado do Amapá (FRAP), que hoje foi reformulado. Seu objetivo é financiar as atividades Agropecuárias, Extrativistas Vegetais, Agroindustriais e Pesca Artesanal. Com base nisso, foi criado o PPI.

Raimundinha: “Vai ajudar muito e melhorar nossa vida para trazer produto de qualidade para todos”. Fotos: Rodrigo Índio/SN

“É meio que um modelo de produção de consorciamento para que o produtor entenda que em um hectare que ele só produz mandioca, ele pode produzir o arroz, o milho, e ele pode produzir outros produtos e agregar, ter mais lucro naquela área que ele trabalhou (…) Desde de janeiro a gente tá preparando esse pacote que estamos lançando hoje. Já disponibilizei R$ 8 milhões do tesouro, tenho mais R$ 4 milhões para disponibilizar, vai depender dos projetos”, detalhou Góes.

Os produtores tiveram ou terão que fazer um projeto e dependendo dos nichos mais fortes na agricultura e piscicultura, por região, foram ou serão garantidos os recursos individuais de acordo com cada necessidade. O recurso é reembolsável ou não reembolsável.

Waldez Góes, com produtores na solenidade de lançamento anúncio do recurso

“Se o empréstimo for por associação é não reembolsável, mas tem que prestar conta. Nós temos recursos para comprar a produção da agricultura através do PAA, então fecha bem a cadeia produtiva da agricultura familiar. É uma safra certa que vamos ter em 2021 e toda a preparação para 2022”, acrescentou o governador.

A ideia é triplicar a produção, como por exemplo, a de açaí em Laranjal do Jari. Cada projeto passa pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), junto com extensão rural e depois a aprovação é dentro do Conselho do FRAP.

Seles Nafes
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