‘Barulhinho’ nos sinais é para orientação de pessoas com deficiência visual, diz CTMAC

Sinais com botoeiras estão em fase de teste em 12 cruzamentos de Macapá.
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

Muita gente já reparou que alguns semáforos nas esquinas de Macapá estão agora emitindo um barulhinho intermitente. A ‘zoada’ é uma medida de inclusão social prevista em lei e faz parte da implantação do Projeto Cidades Inteligentes para auxiliar na locomoção de pessoas com deficiência visual.

As caixinhas que emitem os sons – que têm o nome técnico de botoeiras – ainda estão em fase implantação e testes. Em breve, uma campanha de educação no trânsito, tanto para as pessoas com deficiência física como para o público em geral, vai esclarecer à população, garante a Companhia de Trânsito e Transporte de Macapá (CTMac).

“O projeto que foi implantado aqui de Cidade Inteligente, de Mobilidade Inteligente, em parceria com a ABDI [Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial], contemplou a implantação de 12 cruzamentos semafóricos inteligentes e inseriu o que determina a resolução 704 de 10 de outubro de 2017 do Contran, que são as botoeiras sonoras, que emitem sinais sonoros para travessia de pedestres com deficiência visual”, confirmou o diretor presidente da CTMac, Marcílio Dantas.

A reportagem do Portal SelesNafes.com esteve no cruzamento da avenida José Tupinambá com rua Leopoldo Machado, no Bairro do Laguinho, área central de Macapá.

Botoeiras auxiliam na locomoção de pessoas com deficiência visual. Fotos: Marco Antônio P. Costa/SN

Em um primeiro momento, como não havia ninguém para atravessar a pé a José Tupinambá, o semáforo não abriu essa opção. Somente após apertar o botão é que, na sequência seguinte, a opção de atravessar ficou verde para os pedestres.

No entanto, a mensagem sonora que a botoeira emitiu não foi completamente compreensível: “Pressione por três segundos para nova [inaudível]. Assista ao vídeo, onde primeiro há o pressionamento do botão por menos de três segundos e depois, por mais de três segundos.

Incômodo

Porém, todas as mudanças levam tempo para a adaptação e já há quem reclame da intermitência do sinal sonoro emitido, como fosse uma contagem regressiva, uma marcação de tempo, que, com a exposição por bastante tempo, pode levar à irritabilidade.

Em uma panificadora neste cruzamento, as funcionárias falaram sobre o “barulhinho”.

Sons emitidos pelas caixinhas auxiliam deficientes visuais

“Reparei e é um barulho muito enjoado e vários clientes já reclamaram, não é o primeiro. E está muito alto”, declarou Paula Tavares, de 29 anos.

Quanto à questão, o diretor presidente da CTMac, pediu compreensão.

Presidente da CTMac, Marcílio Dias

“Acreditamos que com o passar dos dias a população vai verificar que estamos evoluindo no sentido de atender toda a nossa população, inclusive as pessoas com deficiências visuais, com tecnologias contemplando a acessibilidade”, finalizou o gestor.

Seles Nafes
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