Detento mantinha relacionamento com adolescente pelo telefone, diz polícia

Polícia Civil do Amapá descobriu o crime depois de rastrear telefone que havia sido furtado.
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Por ANDRÉ ZUMBI

Um detento do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), presídio da zona oeste de Macapá, foi indiciado por manter relacionamento amoroso com uma menor de 13 anos. Ele não teve o nome revelado pela polícia, mas tem 23 anos.

De acordo com as investigações, eles se comunicavam por meio de um telefone furtado que havia sido comprado pela adolescente. Ela cadastrou o chip no nome do pai, que afirmou não saber de nada.

Segundo o delegado Ronaldo Entrige, da Delegacia de Repressão a Crimes Contra Criança e Adolescente (Dercca), o detento conheceu a menina antes de ser preso. Ele cumpre pena no Iapen por tráfico de drogas.

O criminoso e a jovem moravam próximos um do outro, em uma área de pontes no Bairro Pacoval, zona leste da capital. O delegado explicou que depois de ser preso, o detento deu ordem a um amigo que repassasse dinheiro à adolescente para que ela comprasse um aparelho para que eles continuassem se falando.

De posse do valor, a garota teria feito uma pesquisa em um site de compra e venda e encontrado o celular. Mas, para azar dela, o aparelho havia sido furtado e o dono já havia registrado um boletim de ocorrência na 6ª Delegacia de Polícia da capital.

Delegado Ronaldo Entringe está à frente das investigações. Foto: Tiago Zumbi

Por isto, a 6ª DP passou a rastrear o aparelho. O monitoramento levou os investigadores até o pai da menor. Com o telefone em mãos, a polícia identificou que a jovem mantinha conversas com um homem mais velho e o caso foi transferido para a Dercca.

“No interrogatório, ele (detento) confirmou parcialmente o fato, afirmando que estava mantendo relacionamento amoroso com essa menor de 14 e de que realmente pediu para os amigos darem dinheiro a ela para comprar o aparelho celular, para eles continuarem mantendo o relacionamento aqui fora, por meio do aparelho”, explicou o delegado.

Equipe da Dercca tomou conta do caso. Fotos: Arquivo/SN

O pai da menor negou que tivesse conhecimento sobre o relacionamento da filha com o detento. 

Entringe explicou, ainda, que o detento está sendo indiciado por estupro de vulnerável e corrupção de menores. Disse que o criminoso que furtou o celular também já foi identificado. A menor terá o caso encaminhado à Delegacia Especializada na Investigação de Atos Infracionais (DEIAI), onde poderá responder pelo crime de interceptação.

Alerta

O delegado faz um alerta aos pais quanto ao que os filhos menores fazem de posse do celular. O melhor remédio, segundo ele, é criar um laço de amizade e confiança porque coisas como essas acontecem de uma hora para outra.

“O melhor é manter o diálogo sempre com os filhos para que eles não façam nada escondido. Para que eles possam contar tudo o que acontece ao seu redor para os pais. O pai não pode permitir que crie um distanciamento entre eles e os filhos. Monitorar os filhos no uso do aparelho celular. O melhor remédio é criar um vínculo de amizade”, orientou o delegado.

Seles Nafes
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