Além de Maria Orlanda, outras três pessoas também são apontadas pelo MPF nos desvios de medicamentos, testes e outros materiais usados no combate ao coronavírus.
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A ex-prefeita de Oiapoque, a 590 km de Macapá, Maria Orlanda (PSDB), foi denunciada junto com outras três pessoas pelo Ministério Público Federal (MPF) por desvios de medicamentos, materiais e testes de diagnóstico para a covid-19 da rede municipal de saúde.
A denúncia é decorrente das investigações da Operação Panaceia, ocorrida em junho de 2020, pela Polícia Federal.
O filho da ex-prefeita, Igor Garcia, também foi denunciado, juntamente com Caio Lazamé, atualmente vereador de Oiapoque, e Mayko Matos, que seria responsável pela empresa contratada para aplicação de testes de covid-19 no município.
Na denúncia, o MPF narra que o esquema teria desviado os medicamentos para repassá-los a conhecidos e parentes da então prefeita ou negociá-los com pacientes que buscavam a rede municipal de saúde para obter os remédios.
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Outra irregularidade descoberta pelas investigações seria o uso indevido de ambulâncias e de atendimento domiciliar a pacientes, a mando da ex-prefeita, prejudicando muitas vezes o atendimento regular da população.
Ainda de acordo coma denúncia, a participação de Caio Lazamé, que à época dos fatos era chefe de gabinete da prefeitura seria dar apoio na execução do esquema, usando da influência do cargo.
Já o filho da prefeita, Igor Garcia, tinha conduta semelhante à de Maria Orlanda, e atuava direcionando medicamentos, testes e serviços médicos.
Caso a Justiça federal aceite a denúncia do MPF, os quatro acusados poderão responder por associação criminosa e apropriação indevida de bens, rendas e serviços públicos. Maria Orlanda e Caio Lazamé são denunciados, ainda, por corrupção passiva.
Igor Garcia deve responder por usurpação da função pública. E Mayko Matos por corrupção ativa, apropriação do material destinado à pesquisa e fornecimento irregular de transporte à sua equipe.
