Mistério sobre meninos em Calçoene completa 3 meses

Polícia continua com o inquérito em aberto, enquanto familiares continuam buscas e afirmam ter encontrado novas pistas dos meninos
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Por RODRIGO ÍNDIO

Nesta quinta-feira (8), o mistério do desaparecimento de Renato Siqueira de Jesus e Fabricio Barbosa, de 13 e 14 anos, numa área de floresta fechada e isolada no município de Calçoene, no norte do Amapá, completa 3 meses.

Segundo os familiares, os garotos não foram mais vistos depois que eles saíram para apanhar açaí, prática comum na região, no dia 8 de abril. Renato e Fabrício se conheceram no dia em que sumiram.

No dia 8 de junho, o Corpo de Bombeiros informou que retirou pela 3ª vez as equipes que faziam buscas após novos vestígios terem sido relatados por mateiros da região. As famílias dos meninos seguem procurando por conta própria.

Eliete de Jesus Costa é tia de Renato e está ajudando nas buscas. Nesta quarta-feira (7), ela havia acabado de chegar da área de mata. Segundo ela, 12 pessoas ainda estão procurando pelos meninos na região, entre as comunidades de Asa Branca e Portão.

“Ainda temos bastante confiança em encontrar os meninos vivos. Inclusive, encontramos novas pistas. Vamos continuar a busca. Eu só vim comprar alimentos e vou voltar. Só estamos contando com a ajuda da população, não tivemos nenhum apoio do poder público, até camisa estamos vendendo para comprar pilhas e enlatados. Seguiremos fortes e com fé”, disse Eliete.

Renato e Fabrício desapareceram no dia 8 de abril

Dois meses depois, equipes encerraram as buscas oficiais. Fotos: Arquivo SN

Parentes dos meninos continuam as buscas com recursos próprios

O delegado Niury Relry, responsável pela investigação, voltou a descartar a possibilidade de crime.

“Não há qualquer fato ou indício que aponte para outra linha de investigação que não do desparecimento acidental. Todas hipóteses foram profundamente investigadas (…) mais uma vez reafirmo que não tem nenhum fato que indique que essas crianças não se perderam ou que houve algum crime relacionado”, detalhou.

Seles Nafes
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