No Curiaú, escolinha de basquete ‘ocupa’ mentes de jovens

Quadra foi construída com recursos próprios do idealizador do projeto, o ex-jogador Thadeu Tenório, que conta com ajuda de amigos e parceiros.
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

O projeto “Basket Quilombo”, que acontece no Curiaú, área quilombola em Macapá, faz a cabeça da meninada nas terras da tradicional e popular família Gorgia.

O idealizador do projeto é Paulo Thadeu Tenório dos Santos, de 42 anos, ex-jogador que tem passagem por diversos clubes amapaenses, como o São José e o Amapá Clube.

Hoje morador do Curiaú, teve a ideia de levar para o local outro esporte para além do futebol e foi aí que contou com a colaboração da família da sua esposa.

Ele construiu e mantém, com recursos próprios, uma quadra de basquete bem ao lado do tradicional local de festas da família Gorgia, que se animou em ajudar em um projeto para ensinar um esporte para crianças e adolescentes.

Thadeu: “É um projeto social, para tirar a meninada da rua, ocupar a mente com o esporte, que é uma ferramenta de construção de uma pessoa”

Quadra foi construída e é mantida com recursos próprios. Fotos: Arquivo Pessoal

A ideia é investir no esporte como uma maneira de ocupação sadia. Thadeu, que também é empresário, contou que tinha esse desejo há muito tempo e em 2019 conseguiu concretizar. Hoje, 40 crianças e adolescentes de 8 a 14 anos estão participando da escolinha Basket Quilombo.

“O objetivo é dar oportunidade para os meninos conhecerem o esporte, porque aqui no quilombo é mais o futebol e devido ao eu ser do esporte, eu trouxe pra cá. É um projeto social, para tirar a meninada da rua, ocupar a mente com o esporte, que é uma ferramenta de construção de uma pessoa”, contou Thadeu.

Hoje, 40 crianças e adolescentes de 8 a 14 anos estão participando da escolinha Basket Quilombo

As crianças estão sob os cuidados do professor Felipe Lacerda, jogador amapaense que chegou a vestir a camisa de grandes times, como Corinthians e Palmeiras.

Não há a cobrança de nenhum tipo de taxa e há o controle de frequência e com as notas das crianças na escola.

Thadeu contou que alguns amigos ajudaram doando bolas, outros com tênis

Thadeu contou que alguns amigos ajudaram doando bolas, outros com tênis para as crianças e, assim, também com a solidariedade dos parceiros, o projeto vai chegando ao seu terceiro ano.

Devido à pandemia, as aulas tinham sido paralisadas, mas acabam de recomeçar e enquanto as festas na residência da família Gorgia não retornam, as crianças ocupam a quadra e suam a camisa para colocar a bola na cesta.

Seles Nafes
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