Prata da Fadinha é uma vitória do skate

Para praticantes da modalidade, medalha de Rayssa Leal representa o fim da marginalização do skate no Brasil e no mundo.
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA* e KOOKIMOTO MIRA**

A conquista da medalha de prata por Rayssa Leal, a Fadinha do Skate, nas Olimpíadas de Tóquio, emocionou o Brasil na madrugada desta segunda-feira (26).

Além da estrondosa vitória, mesmo que não tenha sido a medalha de ouro, a atuação da menina maranhense de 13 anos, ajuda em outra vitória muito importante: o fim da marginalização do skate no Brasil e no mundo.

Temos que elogiar o acerto do Comitê Olímpico Internacional (COI) em inserir nas Olimpíadas esportes como o surfe e o skate. Particularmente, para o Brasil, estão sendo dois dos esportes que mais chamam a atenção até o momento, com duas medalhas de prata no skate e expectativas de medalhas também no surfe.

Na madrugada anterior, Kelvin Hoefler já havia aberto a contagem de medalhas brasileiras em Tóquio, também ficando com a prata.

Esperamos que essa onda boa também chegue no Amapá, que pode ter, assim como apareceu em Imperatriz, uma fadinha como a Rayssa

Imaginemos a quantidade de jovens que estão se inspirando com as conquistas, com a leveza e a descontração de Rayssa Leal e a partir dela também irão pedir de um skate de presente para os pais. Ela, de fato, fez história, sendo a mais jovem medalhista olímpica brasileira e a mais jovem dos jogos em 85 anos.

De repente, poderíamos pensar em dizer, que aquele esporte que chegou a ser proibido até em grandes metrópoles, como a São Paulo do início da década de 1980, e que até hoje sofre com preconceitos e uma discriminação boba, começa a virar uma grande sensação. É um plot twist danado. Mas não foi de repente.

Rayssa é a mais jovem medalhista olímpica brasileira e a mais jovem dos jogos em 85 anos. Fotos: Divulgação

Há gerações e gerações de skatistas que há anos organizam as cenas nas cidades, fazem torneios, exigem do poder público mais espaços para a prática e que foram, aos poucos, vencendo as barreiras do obscurantismo.

Sem dúvida é possível afirmar que o skate era um antes e será outro depois das olimpíadas. Esperamos que essa onda boa também chegue no Amapá, que pode ter, assim como apareceu em Imperatriz, uma fadinha como a Rayssa que pode dar ao povo brasileiro bastante emoção e alegria. Viva o skate!

*jornalista amigo do skate Amapá

**skatista e membro da Associação Amapaense de Skate (Askap).

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